domingo, 30 de março de 2008

MUNICIPIO DE EUCLIDES DA CUNHA - BAHIA- Historia atualizada

Clodomiro Alves

"Aquela Campanha de Canudos lembra um refluxo para o passado. E foi, na significação integral da palavra, um crime. Denunciemo-lo".
Euclides da Cunha

O município de Euclides da Cunha, emancipado em 19.09.1933, dista de Salvador, Capital do Estado da Bahia, 324 km.Está localizado no Nordeste baiano a uma altitude de 472 metros acima do nível do mar e possui área de 2.324.965km² e população estimada de 55.397 habitantes.
Os primeiros habitantes foram os índios caimbés, que se instalaram inicialmente na aldeia de Massacará, transferindo-se posteriormente para outro sitio que mais tarde receberia a denominação de Fazenda Caimbé. Colonos vindos dos municÍpios vizinhos de Monte Santo e Canudos que aqui se fixaram com suas famílias, dedicaram-se a lavoura e a criação de gado. Os padres Jesuítas, em missão de catequese pelo sertão construíram no local da atual vila de Massacará uma capela e um convento. A localidade continuou evoluindo até a emancipação em 19 de setembro de 1933.
O epônimo do Município é o escritor, jornalista e engenheiro militar EUCLIDES RODRIGUES PIMENTA DA CUNHA, consagrado como estudioso dos problemas do Nordeste Brasileiro através de OS SERTÔES (1902), um dos maiores épicos da literatura brasileira e latino –americana. Uma obra contundente, que destruía o sonho brasileiro da república e da civilização branca europeizada. O livro "Os Sertões" nasceu de reportagens sobre a Guerra de Canudos para o jornal "O Estado de São Paulo"realizadas por. Euclides da Cunha em 1897, como enviado de guerra..
Euclides da Cunha nasceu em 20 de janeiro de 1866, na fazenda Saudade, no município de Cantagalo, estado do Rio de Janeiro. Morreu no bairro da Piedade, aos 42 anos, assassinado pelo jovem cabo Dilermando Reis, amante de sua mulher, Ana Maria Cunha, filha do Coronel Sólon Ribeiro, importante personalidade da República. A vida de Euclides da Cunha foi marcada pela tragédia. Órfão de mãe aos 3 anos de idade, foi entregue aos cuidados de vários parentes. Do Rio de Janeiro foi para Salvador e depois para São Paulo. Sua vida era feita de diferentes casas, bairros e afetos entrecortados; sua mente, uma sucessão de múltiplas paisagens. Composições que só ajudariam o geógrafo, o sociólogo e o antropólogo surpreendente que ele se revelaria anos mais tarde. Desde muito cedo Euclides da Cunha foi tido como gênio por seus contemporâneos. Sua mente lúcida impressionava. Apesar do temperamento arredio e turbulento, sempre soube preservar as amizades. Foi amigo de intelectuais e de gente poderosa como o barão do Rio Branco. Mas nunca conheceu o afeto feminino.
O final do século XIX, foi um período de muita agitação nacional. A libertação dos escravos em 1888 fora o golpe fatal na monarquia. No ano seguinte, o golpe militar do dia 15 de novembro, liderado pelo marechal Deodoro da Fonseca, proclamou a República. O novo regime trazia a promessa de uma organização de homens livres e iguais perante a lei. As eleições democráticas dariam a todos o direito político de escolher seus dirigentes, e o trabalho livre traria salários. Eram mudanças radicais, que pareciam acabar com antigos privilégios. Já se esperava um levante monarquista. Mas nunca de um grupo de desvalidos... A guerra de Canudos, em 1986, no Sertão da Bahia, liderada pelo beato Antonio Conselheiro, representou o imprevisto. Foi um dos acontecimentos mais impressionantes e sangrentos de toda a história do Brasil. . Quatro expedições foram enviadas durante um ano contra mais de vinte mil habitantes da região: índios, mulatos, caboclos, pretos sertanejos, liderados pelo beato Antônio Conselheiro e munidos apenas de paus, pedras e armas rústicas. Os soldados traziam metralhadoras, granadas e canhões. Estavam poderosamente armados e eram numericamente muitas vezes superiores aos revoltosos, mas perdiam todas as batalhas. A resistência do sertanejo assombrava o país, e a derrota de Canudos tornou-se para o Exército e para a República uma questão de honra nacional.
A Guerra de Canudos foi um dos maiores genocídios da história do Brasil. Em nome da república foram cometidas atrocidades que sem o livro de Euclides da Cunha jamais seriam reveladas.
Até o início da guerra, as elites do litoral e do sul ignoravam o que fosse o sertão: uma estranha pátria sem dono, abandonada pelas leis e instituições, vivendo sob o jugo da terra e dos latifundiários. Para compreender a revolta era necessário que o sertão viesse à tona, numa nova tradução. Foi essa a grande proeza do jornalista e engenheiro militar Euclides da Cunha, ao publicar seu livro "Os Sertões", em 1902.
Ao tentar compreender a psicologia do sertanejo, Euclides da Cunha fez um ensaio revelador sobre a formação do homem brasileiro. Desmistificou o pensamento vigente entre as elites do período, de que somente os brancos de origem européia eram legítimos representantes da nação. Mostrou que não existe no país raça branca pura, mas uma infinidade de combinações multirraciais. Previu um destino trágico para o Brasil, se o país continuasse a não levar em conta as diversas raças que o formaram. Mostrou que o Brasil tinha contradições e diferenças étnicas e culturais extremas. Concluiu que havia uma necessidade imperiosa de se inventar uma raça. Caso contrário, o Brasil seria candidato a desaparecer.
Euclides da Cunha mostrou que um universo de tal natureza era governado por leis próprias. Demonstrou que a Campanha de Canudos foi absurda, pois a população não era monarquista, como o exército acreditava. Pregar contra a república era apenas uma variante do delírio religioso de Antônio Conselheiro. Uma sociedade tão primitiva era incapaz de compreender tanto a forma republicana como a monarquia constitucional. Só aceitava o império de um chefe sacerdotal ou guerreiro. Conselheiro foi esse chefe sacerdotal. Anos mais tarde, o cangaceiro Lampião seria o chefe guerreiro.
Antônio Vicente Mendes Maciel, Antonio Conselheiro, como se tornou conhecido, nasceu em Quixeramobim, Ceará, em 1830. Descendente de uma família turbulenta, porem calmo e correto, era avesso a confusão. Perdeu a mãe quando era pequeno e jamais matou alguém. Depois de casado, Antônio Vicente saiu de Quixeramobim, tornando-se caixeiro viajante. Sua vida de casado era um inferno, minando aos poucos seu equilíbrio e serenidade. Até que veio o golpe fatal: a mulher fugiu com um policial. Era o ano de 1860 e o alucinado Antônio Vicente, fulminado de vergonha, desapareceu no sertão. Queria o abrigo da absoluta obscuridade. E nesses 10 anos de andanças, deu-se a transformação.
Com um camisão de brim azul, vivia de esmolas e carregava numa mão um livro com a "Missão Abreviada" e na outra "As Horas Marianas". Antônio Conselheiro iniciou sua carreira de andarilho, como beato, e, logo se transformou num condutor de sertanejos que seguia suas profecias, entrava nas cidades rezando terços e ladainhas. Depois pregava, possuído por um furor místico que arrastava multidões.
Com ajuda do povo que o seguia, Antônio Conselheiro construía e restaurava igrejas. Levantava muros de cemitérios. Fundou povoados que se tornaram cidades, como o de Bom Jesus, atual Crisópolis, onde ainda hoje há uma igreja feita por ele. Em Monte Santo, cidade histórica do sertão baiano, Conselheiro e seu povo restauraram os muros da via sacra, formada por um rosário de 24 capelinhas no ano de 1893, quando o beato era o imperador absoluto de todo o sertão, após uma peregrinação de 22 anos por todos os recantos
Antes da seca de 1877, a maior do século XIX, começou a abrir tanques d'água. Em 1874, apareceu na Bahia dando conselhos. Aí tomou definitivamente o nome de Conselheiro. E se firmou. A Igreja, sentindo-se desprestigiada, pediu em 1876 o afastamento do Conselheiro do sertão.
Preso na região de Itapicuru, foi acusado de louco e de matar a própria mãe.
Quando provou sua inocência foi solto e retornou no dia e hora que havia previsto, iniciando-se uma serie de profecias que para o sertanejo era a comprovação de que estava diante de um poder divino: um milagreiro resignado e fatalista que prometia a felicidade para depois do fim do mundo marcado para o ano de 1900.
Perseguidos pelo poder local, Conselheiro e seus seguidores entraram na parte mais deserta da região e, encontraram em: Canudos, "velha fazenda abandonada à beira do rio Vaza-Barris", o seu reduto. Nesta região inóspita e isolada do sertão baiano, protegida pelas serras do Cambaio e Canabrava, e, rodeada pelas cidades de Monte Santo, Cumbe, Rosário, Cocorobó e Uauá, fundaram um arraial: o "Império de Belo Monte",
Canudos cresceu vertiginosamente. Os faveleiros, como eram chamadas as construções simples, de pau-a-pique e barro, porque lembravam a planta sertaneja favela, iam coalhando as montanhas numa rapidez assombrosa: eram construídas até 12 casas por dia, para atender a multidão que chegava.
. Canudos logo se tornou a segunda maior cidade da Bahia, depois de Salvador. A maioria vivia com dificuldades, mas ninguém passava fome. Além das rezadeiras, do sineiro Timotinho, Antônio Conselheiro vivia cercado por 12 apóstolos, todos armados. Jagunços famosos como João Abade ou Pajeú, que na guerra se transformariam em seus capitães.
Em 1894, na Bahia, um deputado chamou a atenção dos poderes públicos para a parte dos sertão "perturbada" por Antônio Conselheiro. Em 1895, uma missão católica tentou convencer Conselheiro a desarmar seu povo. Inutilmente. Mas só em 1896 Canudos passou a preocupar a Capital. Conselheiro queria construir uma nova igreja em Canudos. Comprou a madeira em Juazeiro mas não recebeu o material. Resolveu ir com seu povo buscar o que era seu. O juiz local denunciou o Conselheiro em Salvador. De Salvador, seguiram 100 praças comandados pelo tenente Manuel Pires Ferreira com destino a Juazeiro.. Na noite de 12 de novembro, partiram para Canudos. Não alcançaram seu destino, pois foram surpreendidos na cidade de Uauá, Os soldados tinham mais armas, mas se assombraram com o assalto corajoso dos matutos. Fugiram. O mesmo destino teriam os quinhentos homens do major Febrônio de Brito, que chegaram às portas de Canudos em janeiro de 1897. Vieram arrogantes, com armas vistosas e canhão. Na estrada do Cambaio os jagunços apareceram em trincheiras, num repentino deflagrar de tiros. Gritavam irônicos: - "Avança, fraqueza do governo!" - A expedição caiu, de ponta a ponta. Foram obrigados a recuar.
A terceira expedição contra Canudos foi organizada no Rio de Janeiro. Para comandá-la foi escolhido o coronel Moreira César, um seguidor de Floriano Peixoto que havia esmagado a Revolução Federalista. Levou para Canudos 1.300 soldados, 15 milhões de cartuchos e muita artilharia pesada. Moreira César era temido por sua violência. E tinha sob suas ordens a melhor força do governo. Nessa hora, mesmo os jagunços mais valentes sentiram medo
Moreira César se dirigiu a Canudos pela estrada de Rosário. Passou pelo deserto de Angico e se instalou no Alto do Mário. Lá de cima, ele e os soldados, surpresos, avistaram Canudos.
No dia 2 de março de 1897, dois tiros de canhão foram lançados em cima do vilarejo de Canudos. Em seguida o povoado foi invadido pisoteando crianças e matando os velhos e as mulheres à baioneta, numa luta insana. No dia 3, atingido dois trios morre Moreira Cezar e na manha do dia 4 a tropa bate em retirada com um saldo de 116 soldados mortos e 120 feridos,
Ao comentar a terceira batalha, Euclides da Cunha desfaz a fama de estrategista de Moreira César. O Conselheiro, para o escritor, "foi um grande homem pelo avesso". Sua loucura o transformou num verdadeiro herói popular. A Moreira César, um epiléptico com rompantes suicidas faltou o sopro divino. Levou milhares de soldados ainda adolescentes a se destruir no meio da caatinga.
A derrota de Moreira César provocou uma revolução no Rio de Janeiro. Já não havia mais dúvida de que Conselheiro estava a serviço de forças poderosíssimas, que vinham restabelecer a velha ordem. A quarta batalha já não foi uma guerra, mas uma vingança selvagem. Do Rio de Janeiro chegaram 5 mil homens comandados pelo general Arthur Oscar. Uma parte veio por Monte Santo e a outra, comandada pelo general Savaget, entrou em Canudos por Jeremoabo. Na porta de Umburanas encontraram uma cena assustadora. O cadáver do coronel Tamarindo e de dois soldados recepcionavam o exército empalados numa estaca. O ministro da Guerra, general Machado Bittencourt, foi enviado ao local para resolver pessoalmente a questão. Levava reforço de três mil homens recrutados em todo o país para liquidar os "monarquistas". Euclides da Cunha chegou em Canudos em 16 de setembro. Era o final da luta, mas ele ainda pode sentir todo o seu barbarismo.
Os poucos prisioneiros homens eram degolados, depois de se exigir deles, inutilmente, um "Viva a República". As águas do Vaza-Barris em pouco tempo eram uma lagoa de sangue. Pilhas de cadáveres serviam de trincheiras aos sertanejos. Os soldados incendiavam casas onde estavam velhos e crianças. E na mente do horrorizado Euclides crescia uma idéia: denunciar a barbárie e provar que Canudos não era um problema político, era uma questão social.
“Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até o esgotamento (...) quando caíram seus últimos defensores, quando todos morreram. Eram apenas quatro: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados. (...)”
Em 1902, numa choupana à beira do rio Pardo, em São José do Rio Pardo, Euclides da Cunha terminou seu livro, contando a verdadeira história sobre o extermínio de Canudos: uma luta desigual e vergonhosa, em que o exército brasileiro se cobriu de infâmia. O inimigo invencível afinal de contas não passava de gente sofrida das secas. Mulheres, velhos e crianças que resistiram até o fim, numa luta inglória. Negros e índios e mulatos que buscavam criar um espaço em que pudessem ser admitidos como integrantes da nação

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quarta-feira, 12 de março de 2008

MUNICIPIO DE MALHADA BAHIA

Clodomiro Alves


Dados Gerais

Situado na Microrregião do Médio São Francisco a 899 km de Salvador, Capital do Estado , o município de Malhada, às margens do Rio São Francisco, com área de 2.138, km² e população de 16.328 habitantes (IBGE 2007), tem na agricultura e pecuária sua principal fonte de renda. A agricultura irrigada, utilizando com a captação de água do Velho Chico (São Francisco) e do seu afluente, Rio Verde é a mais fonte de renda do município.
A Lagoa do Mocambo (Distrito de Mocambo) a 6 km da sede, é considerada de extraordinário valor pela sua importância socioeconômica e beleza natural. Os habitantes da área cultivam a lavoura de subsistência ao lado dos maiores agricultores que produzem, usando a moderna tecnologia da irrigação: cebola e melancia exportada para toda a região, entre outras culturas.
Inserido no semi-árido, o município tem clima seco e quente com baixo índice pluviométrico e período chuvoso bem definido com precipitações em torno de 700 a 800 milímetros anuais ocorrendo entre os meses de outubro a março. A vegetação típica é a caatinga arbórea e o cerrado/floresta estacional, onde algumas espécies como aroeira, baraúna, umburana, juazeiro, e pau d`arco ainda são encontradas, embora em fase de extinção por falta de consciência ecológica dos habitantes, principalmente da zona rural, devido ao fabrico de carvão e o hábito das queimadas. Não aprendemos a plantar árvores mas, sim destruí-las. Preservar o que nos resta de nossa mata de caatinga é, antes de tudo, um ato de amor às gerações futuras.

História

A área onde hoje está localizada a sede foi, até o século XVII, habitada por uma aldeia de índios Caiapós.
A primeira entrada no território, deu-se em 1712, por expedição comandada pelo bandeirante Nunes Vianna, que vencendo a resistência dos índios, fixou-se no local desenvolvendo a criação de gado. “Manoel Nunes Vianna, chefe emboaba, foi Senhor e régulo da Tabúa e Procurador de D. Isabel de Brito, da Casa da Ponte. Tendo se fixado à margem dessa rica corrente comercial na sua posição fortificada da Tabúa, para dirigir, com energia, inteligência e agudo instinto de lucro, os acontecimentos de que se fez centro e chefe. Na fazenda da Tabúa, região do Escuro, no Rio Carinhanha, Manoel Nunes exerceu, nos acontecimentos históricos do período, ação vigorosa e decisiva e se reservou, assim, relevante papel na vida política da Colônia”.( In Nossos Sertões – Clodomiro Alves / Vilobaldo Freitas – publicação inédita).
Ponto de descanso e travessia de boiadas para o Estado de Minas Gerais, formou-se o Povoado denominado Malhada (pouso de gado) elevando-se à Vila em 1931.
Em 1961 foi criado o município com território desmembrado de Carinhanha.

Administração Municipal
Prefeito atual: Anselmo Alves Boa Sorte (Produtor Rural)

A atual administração municipal, apesar da escassez de recursos, porque o município praticamente não conta com renda própria, tem buscado melhorar a qualidade de vida dos seus munícipes através da melhoria do sistema de saúde com construção e reforma de postos médico, contratação de profissionais na área de saúde; construção e recuperação de estradas vicinais; construção e restauração de escolas e aquisição de mobiliário, material didático e estímulo aos professores


*Clodomiro Alves de Souza, é bacharel em Direito, jornalista, escritor e Diretor /Editor (Artes Gráficas Do Nordeste –Salvador-Ba.)

MUNICIPIO DE MACAUBAS

Clodomiro Alves


Dados Gerais
O município de Macaúbas, estado da Bahia está situado na Zona Fisiográfica da Serra Geral, micro-região da Chapada Diamantina Meridional a uma altitude de 690 metros. Sua área é de 3.039 km² e população de 46.554 habitantes.(conforme dados do IBGE 2006). Dista da Capital Federal 1011 km e da Capital do Estado 682 km. Faz limites, ao Norte, com os municípios de Boquira, Paratinga e Ibipitanga, ao Sul com Botuporã, Tanque Novo, Igaporã, ao Leste com Rio do Pires e a Oeste com Riacho de Santana.
O município vive basicamente da agropecuária , e agricultura de subsistência, contando a zona rural com cerca de 8.000 pequenas propriedades rurais

História
Os índios pertencentes ao grupo dos tupinaés (ramo dos tupinambás foram os primeiros habitantes da região) Existem vários sítios arqueológicos em todo o município. A formação do município começou em meados do século XVII, no lugar "Coité", quando ali chegaram os primeiros brancos e ergueram uma capela em louvor a Nossa Senhora da Imaculada Conceição, ainda hoje padroeira do município. Eram bandeirantes que transitavam pelo rio São Francisco em busca de ouro e pedras preciosas.
A povoação formou-se em terras pertencentes ao município de Urubu (Rio Branco, hoje, Paratinga) do qual foi desmembrado em 1832, para constituir município independente, com o topônimo de Macaúbas, por decreto estadual de 6 de julho 1832, que também elevou a sua sede à categoria de vila. O início do seu funcionamento ocorreu em 23 de setembro de 1833. Com o crescimento do povoado, o curato da primitiva capela passou a ser a freguesia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição de Macaúbas, promovida pela Lei provincial nº 124, de 19 de maio de 1840. Esta denominação deveu-se à abundância de uma espécie de palmeira, que os índios denominavam "macaúba" ou "macaíba", atualmente em extinção no município.
Pela lei estadual nº 1761, de 10 de junho de 1925, Macaúbas foi elevada à categoria de cidade e sede do município, ao qual foi incorporado o território do extinto município de Bom Sucesso (atual Ibitiara) já emancipado.
A cidade cresceu em torno da Matriz de Nossa Senhora da Conceição, cuja Paróquia foi criada pela Lei 124, de 19 de maio de 1840.
Na formação do povo macaubense há forte presença da miscigenação indígena com branco de origem portuguesa. O negro não esteve tão presente, pois o município era pobre e não teve muitos escravos.
O imenso município perdeu terras na década de 60, quando emanciparam-se Boquira, com o distrido de Bucuituba (Santa Rita) e Botuporã, com os distritos de Tanque Novo e Caturama, atualmente emancipados.
O território de Macaúbas apresenta "gerais" e “chapadões”. A principal elevação é a serra de Macaúbas muito extensa e uniforme, que corre o município do sul para o norte, e se eleva até 1250 metros. afluente do São Francisco pela margem direita,o Rio Paramirim, que nasce na Serra das Almas, serve de limite com os municípios de Caturama, Rio do Pires e Ibipitanga. O açude de Macaúbas, com capacidade de 20.900.000 metros cúbicos, construído pelo antigo DNOSC, permanece até hoje, quase inaproveitado.

Riquezas Naturais
Dentre as riquezas minerais tem maior importância a mina de granito azul, explorada na serra da Vereda. Há ainda minérios de cristal, ametista, barita, ferro, talco, cobre, Granitos de várias tonalidades, e águas termais.
A flora possui apenas algumas matas em volta das nascentes dos riachos e afloramento de cerrado no alto das serras, predominando as capoeiras e a vegetação rasteira, próprias das regiões secas. São encontradas madeiras diversas como peroba, pau d'arco, pequizeiro, e uma grande variedade de plantas medicinais: quina, unha d'anta, contra-erva, umburana e outras.
A fauna, apesar da ausência de grandes matas e rios perenes, possui variadas espécimes: tatu, garças, gato do mato, jacu, suçuarana, veado, teiú, cutia e outros, praticamente em extinção devido a sanha dos caçadores

Administração Municipal
A atual administração municipal, apesar da escassez de recursos, porque o município praticamente não conta com renda própria, tem buscado melhorar a qualidade de vida dos seus munícipes através da melhoria do sistema de saúde com construção e reforma de postos médico, contratação de profissionais na área de saúde; construção e ajardinamento de novas ruas e praças; construção e restauração de escolas e aquisição de mobiliário, material didático e estímulo aos professores.

*Clodomiro Alves de Souza, é bacharel em Direito, jornalista, poeta e Diretor /Editor (Artes Gráficas Do Nordeste Ltda. –Salvador-Bahia)