quarta-feira, 7 de maio de 2008

MUNICÍPIO DE NAZARÉ


A TERRA MORENA É TAMBÉM A CIDADE DA FÉ

Clodomiro Alves

Nazaré guarda os segredos da magia, da religiosidade e do sincretismo do povo baiano, com seu casario colonial, suas igrejas centenلrias, (patrimônio arquitetônico e cultural de invejável beleza) e seus terreiros de candomblé e de umbanda.
No ponto mais alto da cidade está o Jesus de Nazaré, obra monumental que irradia energia, fé e purifica aqueles que visitam a terra morena. Este monumento da Fé do povo nazareno foi complementado pelas imagens da Via Sacra, com as 14 estações, instaladas, individualmente, ao longo da ladeira de acesso ao monumento.
O povoamento do município teve inicio em 1563, com Fernão Cabral de Ataíde que construiu um engenho e uma igreja no local onde hoje se situa o bairro da Conceição, aldeando, ao seu redor, índios e negros.
Em 1753 foi criado o distrito de Nazaré das Farinhas e posteriormente, em 1831, passou a denominar-se Nossa Senhora de Nazaré.
Emancipada em 1849, pela Lei Provincial nº 368 de 10 de novembro, Nazaré, localizada às margens serenas do Rio Jaguaripe guarda os encantos e as lembranças do passado com seus engenhos que asseguraram a economia da Bahia no período colonial. Com 256,352 km² e população de 26.665 habitantes (IBGE 2006), tem na agropecuária, industria e turismo suas principais fontes de renda.
Dista de Salvador, via Ferry-Boat 58 km e 220 km via BR-101..
Além de incrementar o turismo, incentivando o rico artesanato local, requalificando profissionalmente as pessoas envolvidas neste setor, a atual administração Municipal tem envidado esforços no sentido de manter e ampliar a tradicional feira de Caxixis, evento considerado como a maior Feira de artesanato de Cerâmica do Brasil, realizada durante a Semana Santa, que e em breve será reconhecida mundialmente, com apoio da Secretaria de Turismo do Estado e PREFEITURA DE NAZARÉ.
No setor de saúde cumpre destacar o atendimento médico-hospitalar prestado à população carente pelo HOSPITAL DIA, equipado pela Prefeitura de Nazaré com unidades de Ultra-Sonografia, Raio X, Urologia, Neurologia, Laboratório de Análises Clínicas, Dermatologia, Oftalmologia, Otorrino-laringologia, Fonoaudiologia, Fisioterapia e Odontologia e Prótese Dentária.
A Prefeitura Municipal de Nazaré, através da Secretaria Municipal de Educação vem desenvolvendo um intenso trabalho de melhoria no sistema de ensino, com capacitação de professores, aquisição de material escolar e didático, reforma de todas as unidades de ensino, transporte escolar para professores e alunos, merenda escolar de qualidade.
O Governo Municipal se empenha, também, no trabalho de restaurar as praças, os monumentos e equipamentos públicos, bem como a preservação da sua História e a proteção do meio ambiente. Este trabalho que passa, necessariamente, pelas escolas, exige de professores e alunos, significativa parcela de responsabilidade.
Nazaré faz educação de qualidade porque o Governo Municipal reconhece na educação o único meio pelo que se dispôe para preservar a dignidade da condição humana.
Esta a razão porque oferece às crianças e jovens uma escola pública que promove a cidadania, o conhecimento e a cultura, preparando-os de modo a permitir sua inserção no mercado exigente e competitivo que se apresenta no mundo globalizado, dando-lhe condições de igualdade com outros jovens dos grandes centros.


Hino do município de Nazaré

As águas do Rio Jaguaripe;
Refletem a imagem da minha cidade;
Da minha cidade querida;
Recanto de amor e de felicidade;

Tu és terra morena;
Cidade de Nazaré, Nazaré;
Onde impera a bondade;
A esperança e a fé;
Com essas grandes Virtutes;
Que Deus te fez possuir;
Tu és formosa, tu és gorbosa;
És uma Jóia a luzir (biz).

sexta-feira, 2 de maio de 2008

AS COTAS SÃO DISCRIMINATORIAS E CONTAMINADORAS

AS COTAS NAS UNIVERSIDADES SÃO DISCRIMINATÓRIAS E CONTAMINADORAS

Clodomiro Alves

As declarações do Professor Antonio Natalino Dantas, Coordenador do Curso e Medicina da UFBA provocaram uma polêmica enorme a tal ponto de a turma do acarajé se predispor a fritá-lo no azeite de dendê. As declarações em parte são verdadeiras, embora tenham sido enfocadas de modo a permitir interpretações dúbias, possibilitando aos oportunistas de plantão vê-las como ofensivas e recheadas de racismo.
Na verdade as cotas são prejudiciais a formação no ensino superior e altamente discriminatórias.
Diante da incapacidade do governo de reconhecer a sua ineficiência na administração do ensino básico, valeu-se de alguns pedagogos demagógicos e também despreparados para a sua missão de educador, para encontrar nas cotas uma forma covarde de dizer que pobre, preto e índio são uma classe, intelectualmente, inferior. O que não é verdade. Fui menino pobre do interior e vendi pão de porta em porta para estudar. Por falta de condições financeiras não cursei o segundo grau e pré-vestibular. Fiz exames de Madureza (atual supletivo) e prestei vestibular logrando aprovação em 2º lugar. Cursei, com brilhantismo, Direito, na Universidade Federal da Bahia. Benedita da Silva foi empregada doméstica, Senadora da República, Governadora do Rio de Janeiro e Ministra de Estado.
O Governo, ao invés de requalificar o ensino público, sobretudo o ensino básico (1º e 2º graus) e oferecer aos que cursaram ou estão cursando o segundo grau um curso preparatório para o ingresso no ensino superior, usou a tática de oferecer cotas a fim de facilitar o ingresso de pobres, pretos e índios nas universidades publicas, independentemente do seu nível de conhecimento e de capacidade.
Dizer que boa parte dos jovens baianos de classe pobre tem um nível de conhecimento muito aquém do desejado é uma verdade inconteste. O curso de segundo grau (denominado FORMAÇAO GERAL) é, na verdade, um curso de enganação geral. Boa parte destes jovens, cursando o segundo grau, ainda são incapazes de preencher corretamente uma ficha de pedido de emprego.
O despreparo destes jovens não decorre da falta de inteligência e sim da ineficiência do ensino publico ao qual têm acesso. Com professores desmotivados em razão do baixo salário e despreparados para função e que muitas vezes, embora lhes falte vocação, ministram aulas apenas porque não encontram outro emprego.
O acesso aos livros é restrito, em razão do custo e via de regra os livros oferecidos pelo governo são vazio de conteúdo.
No que diz respeito a qualidade da musica que se ouve na Bahia, bem o disse o professor: é de péssima qualidade. Há muito, aqui convenciou-se, que batuque é música e barulho é diversão e alegria. A Bahia tem uma pleiade de extraordinarios compositores e excelentes intérpretes. Não é por falta de opção e sim por contaminação. A culpa certamente não é da população. O erro começa nas escolas onde se aprende quase nada e muito menos sobre música.
A nível de governo (nas diferentes esferas) é muito difícil para uma boa orquestra conseguir patrocínio. Os prefeitos gastam verdadeiras fortunas com bandas, muitas sem qualquer qualificação, mas são incapazes de levar para suas cidades uma boa orquestra para mostrar aos seus munícipes musicas de qualidade e de conteúdo.
Na Bahia o governo tem um programa (FAZCULTURA) que em verdade deveria denominar-se FAZCURTURA. Pois são raros os eventos patrocinados por este programa com algum conteúdo cultural. Para seus idealizados e administradores batuque é musica e barulho é cultura.
Para muitos empresários do ramo difundir e vender musica de consumo é mais interessante em razão do lucro imediato. Pouco importa o conteúdo e a qualidade.
Sem desprezar e sem deixar de cultivar matizes da cultura popular que faz parte da nossa própria identidade Histórica é necessário que se mantenha a cultura e o conhecimento que ao longo de vários séculos se acumulou neste Pais, oriundos de outras civilizações. Afinal já não vivemos numa tribo de índios, ou numa aldeia africana. Os clarins não podem ser totalmente substituídos pelos tambores.