segunda-feira, 9 de junho de 2008

MUNÍCIPIO DE IPIRÁ



Clodomiro Alves
Dados Gerais

O município de Ipirá, Estado da Bahia, com área de 3.024 km² e sua população estimada em 2007 era de 60.043 habitantes (IBGE ), está localizado a 202 km da capital, às margens da BA 052, (Estrada do Feijão) que liga Feira de Santana a Xique - Xique.
Inserido o Polígono das secas, possui clima semi-árido com índice pluviométrico anual entre 754 mm a 1560 mm e temperatura média anual de 26 graus.
A economia do município de Ipirá tem como base a Pecuária, a Agricultura de subsistência e o Artesanato de Couro, contando ainda com uma indústria de calçados.
A pecuária é a principal atividade econômica do município, destacando-se o criatório de caprinos, ovinos, suínos e bovinos. O município situa-se entre os primeiros do Estado na criação de caprinos e ovinos. Ressalta-se ainda a pecuária de leite, sendo uma das cinco maiores bacias de leiteiras do Estado.
O artesanato de couro, atividade secular, tem importância fundamental na economia local, através da geração de emprego e renda. A COOAMA é a Cooperativa Artesanal do Malhador e congrega mais 70 artesãos associados que produzem para quase todos os estados do Brasil.

História

O Município foi criado com território desmembrado dos municípios de Feira de Santana e Jacobina, com a denominação de Vila de Santa Ana do Camisão, pela Resolução Provincial nº. 520, de 20/04/1855, com os territórios das freguesias de Sant' Ana do Camisão, Nossa Senhora do Rosário do Oboró e Nossa Senhora das Dores de Monte Alegre, sendo instalado em 03/03/1856.
Segundo alguns historiadores a Fazenda Camisão, epônimo da Serra em cujas imediações a Fazenda estava localizada, foi o núcleo inicial do povoamento do município, conservando, assim, até 20 de julho de 1931 o nome da antiga fazenda.
Não existem provas documentais a cerca da origem do nome Camisão.
A hipótese mais provável é a de que o nome Camisão originou-se do Coronel Manoel Maria Camisão, entradista* português homenageado pelo Governador Geral do Brasil ao dar seu nome ao aglomerado de ranchos ali existentes. O herói da retirada de Laguna, durante a Guerra do Paraguai, Tenente Coronel Carlos de Moraes Camisão era seu descendente.
Foi elevado a categoria de cidade com o nome de Camisão, pela Lei estadual nº. 144, de 08/08/1896. Distrito criado com o orago de Santa' Ana do Camisão. Pelo decreto 7.521 de 20 de julho de 1931, passou a chamar-se Ipirá, nome de origem indígena cujo significado é "Rio do Peixe".

*Entradas e Bandeiras eram expedições de desbravamento do interior do Brasil na época da colônia. Organizadas com maior freqüência no século XVII, seus principais objetivos são o reconhecimento territorial, a captação de mão-de-obra indígena, a submissão ou eliminação de tribos hostis e a procura de metais preciosos.
As entradas têm seu centro principal de propagação no litoral nordestino, saindo da Bahia e de Pernambuco para o interior em missão geralmente oficial de mapeamento do território. Também combatem os grupos indígenas que ameaçam ou impedem o avanço da colonização, como os caetés, os potiguares, os cariris, os aimorés e os tupinambás. A atuação das entradas estende-se do Nordeste à Amazônia e ao Centro-Oeste, abrangendo ainda áreas próximas do Rio de Janeiro.
(História do Brasil – Enciclopédia Brasileira)

CANÇÃO DE IPIRÁ


Verso de Walter Cajazeira
Música do Maestro Eduardo Fonseca Ramos


Ipirá, Ipirá, Ipirá
Minha linda cidade altaneira
Teus encantos são como não há,
És, em tudo, Ipirá,brasileira

Os teus ares, teu solo ,teu povo
São o retrato fiel do Brasil
Eu me sinto feliz eu me louvo ...
Sou teu filho Ipirá varonil !

Hei de sempre cantar te na vida,
Ninho augusto do meu coração,
Ipirá, minha terra querida,
Meu formoso e sagrado torrão.

Ipirá, Ipirá, Ipirá
Minha linda cidade altaneira
Teus encantos são como não há,
Es em tudo Ipirá brasileira !

E pensando na tua grandeza
Que teu povo trabalha e produz,
Terra amada de tanta riqueza,
Que tem certo futuro de luz...

Hei de sempre cantar te na vida
Ninho augusto do meu coração
Ipirá, minha terra querida,
Meu formoso e sagrado torrão.

Ipirá, Ipirá, Ipirá
Minha linda cidade altaneira,
Teus encantos são como não há,
Es em tudo Ipirá, brasileira !

quarta-feira, 7 de maio de 2008

MUNICÍPIO DE NAZARÉ


A TERRA MORENA É TAMBÉM A CIDADE DA FÉ

Clodomiro Alves

Nazaré guarda os segredos da magia, da religiosidade e do sincretismo do povo baiano, com seu casario colonial, suas igrejas centenلrias, (patrimônio arquitetônico e cultural de invejável beleza) e seus terreiros de candomblé e de umbanda.
No ponto mais alto da cidade está o Jesus de Nazaré, obra monumental que irradia energia, fé e purifica aqueles que visitam a terra morena. Este monumento da Fé do povo nazareno foi complementado pelas imagens da Via Sacra, com as 14 estações, instaladas, individualmente, ao longo da ladeira de acesso ao monumento.
O povoamento do município teve inicio em 1563, com Fernão Cabral de Ataíde que construiu um engenho e uma igreja no local onde hoje se situa o bairro da Conceição, aldeando, ao seu redor, índios e negros.
Em 1753 foi criado o distrito de Nazaré das Farinhas e posteriormente, em 1831, passou a denominar-se Nossa Senhora de Nazaré.
Emancipada em 1849, pela Lei Provincial nº 368 de 10 de novembro, Nazaré, localizada às margens serenas do Rio Jaguaripe guarda os encantos e as lembranças do passado com seus engenhos que asseguraram a economia da Bahia no período colonial. Com 256,352 km² e população de 26.665 habitantes (IBGE 2006), tem na agropecuária, industria e turismo suas principais fontes de renda.
Dista de Salvador, via Ferry-Boat 58 km e 220 km via BR-101..
Além de incrementar o turismo, incentivando o rico artesanato local, requalificando profissionalmente as pessoas envolvidas neste setor, a atual administração Municipal tem envidado esforços no sentido de manter e ampliar a tradicional feira de Caxixis, evento considerado como a maior Feira de artesanato de Cerâmica do Brasil, realizada durante a Semana Santa, que e em breve será reconhecida mundialmente, com apoio da Secretaria de Turismo do Estado e PREFEITURA DE NAZARÉ.
No setor de saúde cumpre destacar o atendimento médico-hospitalar prestado à população carente pelo HOSPITAL DIA, equipado pela Prefeitura de Nazaré com unidades de Ultra-Sonografia, Raio X, Urologia, Neurologia, Laboratório de Análises Clínicas, Dermatologia, Oftalmologia, Otorrino-laringologia, Fonoaudiologia, Fisioterapia e Odontologia e Prótese Dentária.
A Prefeitura Municipal de Nazaré, através da Secretaria Municipal de Educação vem desenvolvendo um intenso trabalho de melhoria no sistema de ensino, com capacitação de professores, aquisição de material escolar e didático, reforma de todas as unidades de ensino, transporte escolar para professores e alunos, merenda escolar de qualidade.
O Governo Municipal se empenha, também, no trabalho de restaurar as praças, os monumentos e equipamentos públicos, bem como a preservação da sua História e a proteção do meio ambiente. Este trabalho que passa, necessariamente, pelas escolas, exige de professores e alunos, significativa parcela de responsabilidade.
Nazaré faz educação de qualidade porque o Governo Municipal reconhece na educação o único meio pelo que se dispôe para preservar a dignidade da condição humana.
Esta a razão porque oferece às crianças e jovens uma escola pública que promove a cidadania, o conhecimento e a cultura, preparando-os de modo a permitir sua inserção no mercado exigente e competitivo que se apresenta no mundo globalizado, dando-lhe condições de igualdade com outros jovens dos grandes centros.


Hino do município de Nazaré

As águas do Rio Jaguaripe;
Refletem a imagem da minha cidade;
Da minha cidade querida;
Recanto de amor e de felicidade;

Tu és terra morena;
Cidade de Nazaré, Nazaré;
Onde impera a bondade;
A esperança e a fé;
Com essas grandes Virtutes;
Que Deus te fez possuir;
Tu és formosa, tu és gorbosa;
És uma Jóia a luzir (biz).

sexta-feira, 2 de maio de 2008

AS COTAS SÃO DISCRIMINATORIAS E CONTAMINADORAS

AS COTAS NAS UNIVERSIDADES SÃO DISCRIMINATÓRIAS E CONTAMINADORAS

Clodomiro Alves

As declarações do Professor Antonio Natalino Dantas, Coordenador do Curso e Medicina da UFBA provocaram uma polêmica enorme a tal ponto de a turma do acarajé se predispor a fritá-lo no azeite de dendê. As declarações em parte são verdadeiras, embora tenham sido enfocadas de modo a permitir interpretações dúbias, possibilitando aos oportunistas de plantão vê-las como ofensivas e recheadas de racismo.
Na verdade as cotas são prejudiciais a formação no ensino superior e altamente discriminatórias.
Diante da incapacidade do governo de reconhecer a sua ineficiência na administração do ensino básico, valeu-se de alguns pedagogos demagógicos e também despreparados para a sua missão de educador, para encontrar nas cotas uma forma covarde de dizer que pobre, preto e índio são uma classe, intelectualmente, inferior. O que não é verdade. Fui menino pobre do interior e vendi pão de porta em porta para estudar. Por falta de condições financeiras não cursei o segundo grau e pré-vestibular. Fiz exames de Madureza (atual supletivo) e prestei vestibular logrando aprovação em 2º lugar. Cursei, com brilhantismo, Direito, na Universidade Federal da Bahia. Benedita da Silva foi empregada doméstica, Senadora da República, Governadora do Rio de Janeiro e Ministra de Estado.
O Governo, ao invés de requalificar o ensino público, sobretudo o ensino básico (1º e 2º graus) e oferecer aos que cursaram ou estão cursando o segundo grau um curso preparatório para o ingresso no ensino superior, usou a tática de oferecer cotas a fim de facilitar o ingresso de pobres, pretos e índios nas universidades publicas, independentemente do seu nível de conhecimento e de capacidade.
Dizer que boa parte dos jovens baianos de classe pobre tem um nível de conhecimento muito aquém do desejado é uma verdade inconteste. O curso de segundo grau (denominado FORMAÇAO GERAL) é, na verdade, um curso de enganação geral. Boa parte destes jovens, cursando o segundo grau, ainda são incapazes de preencher corretamente uma ficha de pedido de emprego.
O despreparo destes jovens não decorre da falta de inteligência e sim da ineficiência do ensino publico ao qual têm acesso. Com professores desmotivados em razão do baixo salário e despreparados para função e que muitas vezes, embora lhes falte vocação, ministram aulas apenas porque não encontram outro emprego.
O acesso aos livros é restrito, em razão do custo e via de regra os livros oferecidos pelo governo são vazio de conteúdo.
No que diz respeito a qualidade da musica que se ouve na Bahia, bem o disse o professor: é de péssima qualidade. Há muito, aqui convenciou-se, que batuque é música e barulho é diversão e alegria. A Bahia tem uma pleiade de extraordinarios compositores e excelentes intérpretes. Não é por falta de opção e sim por contaminação. A culpa certamente não é da população. O erro começa nas escolas onde se aprende quase nada e muito menos sobre música.
A nível de governo (nas diferentes esferas) é muito difícil para uma boa orquestra conseguir patrocínio. Os prefeitos gastam verdadeiras fortunas com bandas, muitas sem qualquer qualificação, mas são incapazes de levar para suas cidades uma boa orquestra para mostrar aos seus munícipes musicas de qualidade e de conteúdo.
Na Bahia o governo tem um programa (FAZCULTURA) que em verdade deveria denominar-se FAZCURTURA. Pois são raros os eventos patrocinados por este programa com algum conteúdo cultural. Para seus idealizados e administradores batuque é musica e barulho é cultura.
Para muitos empresários do ramo difundir e vender musica de consumo é mais interessante em razão do lucro imediato. Pouco importa o conteúdo e a qualidade.
Sem desprezar e sem deixar de cultivar matizes da cultura popular que faz parte da nossa própria identidade Histórica é necessário que se mantenha a cultura e o conhecimento que ao longo de vários séculos se acumulou neste Pais, oriundos de outras civilizações. Afinal já não vivemos numa tribo de índios, ou numa aldeia africana. Os clarins não podem ser totalmente substituídos pelos tambores.








quarta-feira, 9 de abril de 2008

MUNICIPIO DE CASA NOVA - BAHIA - História atualizada

Clodomiro Alves


Dados Gerais

O Município Baiano de Casa Nova está situado às margens do Rio São Francisco. Tem uma população de 62.215 habitantes (censo de 2006) e área de 9.657,51 Km², sendo o quarto município baiano em área territorial. Dista da capital do Estado 572 km e localiza-se, geograficamente, no Baixo Médio São Francisco. Costuma-se dividir a área banhada pelo Rio S.Francisco em Alto São Francisco (da nascente até a cidade de Pirapora), Médio São Francisco (de Pirapora até a cachoeira de Paulo Afonso) e Baixo São Francisco (da cachoeira de Paulo Afonso à foz, entre Sergipe e Alagoas).
Até 1972, havia transporte regular de barco a vapor entre Juazeiro e Pirapora (Minas Gerais), largamente utilizado pela população de Casa Nova. De Juazeiro para Salvador a viagem era feita de trem. A ligação ferroviária Salvador-Juazeiro já existia desde 1896 e foi desativada (como transporte de passageiros em 1986.. O último trem de passageiros intermunicipal da Bahia, o “Marta Rocha”, que ligava Alagoinhas a Senhor do Bonfim, foi desativado em 1989.
Atualmente a ligação Casa Nova -Salvador é feita pela BA-235 (de Casa Nova a Juazeiro), BR-407 (de Juazeiro a Capim Grosso) e BR-324 (de Capim Grosso a Salvador) A construção da barragem de Sobradinho, o maior lago artificial do Mundo, provocou a mudança de localização da cidade. O lago formado com a barragem cobriu as cidades originais de Casa Nova, Pilão Arcado, Remanso e Sento Sé.Trata-se de uma gigantesca obra, mas que resultou na submersão das sedes dos municípios, causando grande impacto social e resultando em prejuízo para a História dos municípios. Desconsiderou-se o parecer técnico da consultoria especializada contratada, à época, que afirmava ser possível, sem prejuízo da geração de energia, escolher um local alternativo para a construção da barragem, de modo que a formação do lago não afetasse tanto os municípios e seus habitantes.

Economia

A vinicultura no município é uma atividade recente, porem promissora.Atualmente a produção de vinho já ultrapassa milhões de garrafas, produzidas anualmente, no município, onde é normal serem colhidas duas safras de uva por ano.
A caprinocultura, tradicionalmente associada à subsistência no Brasil, só recentemente passou a receber, na região de Casa Nova, um maior cuidado em relação à melhoria da qualidade do rebanho. Casa Nova possui o segundo maior rebanho de caprinos do Brasil, com 419 mil cabeças (dados do IBGE em 2005). Remanso, município, vizinho ocupa o primeiro lugar, com 429 mil cabeças. O estado da Bahia tem o maior rebanho de caprinos do país.

História

Casa Nova surgiu na primeira metade do século XIX, a partir da descoberta (e comercialização) de sal (cloreto de sódio) em seu território. Algumas publicações mencionam como seu fundador um português senhor Viana, sem revelar mais informações sobre o mesmo. Oficialmente o município foi criado por lei provincial de 1879, com área desmembrada do município de Remanso, que por sua vez já pertencera a Pilão Arcado. Seu nome original foi São José do Riacho de Casa Nova.
Além da sede, o município possui os distritos de Santana do Sobrado, Pau a Pique, Bem Bom e Luiz Viana.
.Entre agosto de 1879 e janeiro de 1880, Teodoro Sampaio, engenheiro baiano da Comissão pelos estudos da navegação no interior do Brasil, percorreu o Rio São Francisco da foz até Pirapora (MG). Em 1906, no livro “O Rio São Francisco e a Chapada Diamantina” dedicou um dos capítulos que recebeu o título “As Salinas de Casa Nova”. Nele o autor aborda a extração do sal, então sua mais importante atividade econômica.
O conselheiro Luiz Viana, é considerado o casanovense mais ilustre e conhecido. Formado em Direito na Faculdade de Recife, foi promotor, juiz e finalmente conselheiro (desembargador) e presidente do então Tribunal de Apelação de Revista (atual Tribunal de Justiça) da Bahia. O título foi incorporado a seu nome e passou a ser definitivamente conhecido como “Conselheiro Luiz Viana” Foi presidente do Poder Judiciário da Bahia, senador estadual e presidente do Senado Estadual (hoje Assembléia Legislativa) e governador da Bahia de 1896 e 1900. Presidiu os três poderes do estadual à época. Seu governo foi marcado pela guerra de Canudos (novembro de 1896 a outubro de 1897). De 1890 até 1920, quando faleceu, Luiz Viana exerceu grande influência na política baiana. Seu filho, que foi senador e governador da Bahia, além de escritor e membro da Academia Brasileira de Letras, nasceu em Paris, filho de mãe alemã (segunda esposa do pai), tendo sido registrado como Henrique Luiz Viana. Somente anos mais tarde, ao fazer seu registro de emancipação no cartório da Sé, em Salvador, passou a se chamar oficialmente Luiz Viana Filho.
O movimento fanático religioso na localidade de Pau-de-Colher, em 1938, guarda várias semelhanças com o de Canudos, tendo terminado, assim como este, com a intervenção de tropas estaduais e federais e a morte de centenas de fanáticos participantes. Foi assunto de vários livros, sendo o mais recente “Pau-de-Colher – Um pequeno Canudos – Conotações políticas e ideológicas”, de Raimundo Estrela, publicado em 1997.

Turismo

A Festa do Interior realizada na primeira quinzena de julho é considera a mais importante comemoração do município. Através de barracas de distritos e povoados, são divulgadas as atividades produtivas do município, além de manifestações folclóricas, shows musicais e parque de diversões. Valoriza a cultura regional e estimula a economia do município, um grande público se faz presente.
As dunas do Velho Chico (vide contra capa do caderno) é uma das mais belas praias fluvial do mundo. Fica no oeste do Lago de Sobradinho, no município de Casa Nova.

Administração Municipal

A atual Gestão Municipal tendo como meta a melhoria da qualidade de vida de seus munícipes, está promovendo um atendimento de qualidade nos seus mais diferentes aspectos. A educação desenvolve papel fundamental na formação dos cidadãos, conscientes de sua historia e dos desafios que se apresentam na sociedade atual. E para isto tem-se promovido a melhoria do ensino com reforma e adequação das unidades escolares e construção de novas escolas, aquisição de mobiliário e material didático, e distribuição de cadernos escolares, merenda de qualidade e transportes aos alunos e incentivo ao esporte; arte e à cultura. Os setores de saúde e assistência social vêm merecendo atenção especial com atendimento médico-hospitalar, através do hospital de Casa Nova e dos diversos postos de saúde do município. Não se descuida, entretanto, do aspecto urbanístico, promovendo a construção, restauração e urbanização de ruas e praças.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

MUNICÌPIO DE MARACÀS

Clodomiro Alves



Dados Gerais

O município de Maracás, no Estado da Bahia, com área de 2.435,20 km², tem aproximadamente 35.019 habitantes, (dados do IBGE de 2006) dos quais 35% reside na zona rural.
Localizada no Sudoeste da Bahia, a 367 km de Salvador, com altitude de 1100 metros acima do nível do mar, a Cidade tem clima frio, propício ao cultivo de flores, dentre as quais se destacam Palmas de Santa Rita, Orquídeas, Gérberas e Rosas, razão porque é conhecida como “Cidade das Flores”.
Em Maracás estão localizadas as jazidas de vanádio com o maior teor do minério já conhecido no mundo. As reservas descobertas foram avaliadas em 17,3 milhões de toneladas de minério, com teor médio de 1,44% de vanádio; até então o maior teor já descoberto era de apenas 0,4%, na África do Sul. O depósito baiano será a única mina de vanádio do Brasil e de maior concentração do mundo. No local também foram detectados platina e paládio disseminados e contidos.

História

Os primeiros habitantes foram os índios da tribo Maracás (nome de um utensílio de guerra em forma de cilindro oco, de madeira, leve e fino e cheio de pedras, do qual nunca se separavam.
Em 1653, sentindo necessidade de abertura de estradas para Camamu, Maraú, Rio de Contas, Jacuípe, Jiquiriçá e Jacobina, o governo da Bahia passou a atender aos pedidos dos bandeirantes no sentido de penetrarem mais para o centro em busca das terras férteis do Orobó. O desbravamento da região, no entanto, vinha se processando lenta e penosamente em virtude das duras lutas travadas com os índios, que saíam vitoriosos na maioria das vezes. O governo da Bahia resolve, então, pedir ajuda aos paulistas, tendo remetido proposta sobre o assunto às Câmaras de São Vicente e São Paulo.
Em 1671 foi reiniciada uma ação decisiva contra os índios, cabendo aos sertanistas Baião Parente, Brás Rodrigues Arcão, sargento Pedro Gomes e Gaspar Rodrigues Adorno, o mais famoso bandeirante baiano, chefiar a luta contra os índios Maracás. Após derrotá-los, os bandeirantes passaram a ter direitos sobre as terras e sobre os índios. Em 1673, o frei Antônio da Piedade inicia o processo de catequese dos aborígines, fazendo-os abandonar seus antigos hábitos e dedicar-se aos trabalhos agrícolas.
A povoação teve inicio com a doação de uma área com uma légua quadrada (36 km²) de terras oriunda da Fazenda Água, feita por sua proprietária Maria da Paixão, para a construção da Capela de Nossa Senhora das Graças, surgindo definitivamente, nesse ponto, a atual cidade de Maracás.
Pela lei provincial nº 169 de 19/04/1855 a capela foi elevada a categoria de freguesia..Ainda em 1855 a lei provincial n° 518 criou o Município de Maracás, desmembrado de Mucugê, ocorrendo sua instalação no dia 5 de janeiro de 1856.

Administração Municipal

A atual Gestão Municipal tendo como meta a melhoria da qualidade de vida de seus munícipes, está promovendo um atendimento de qualidade nos seus mais diferentes aspectos. A educação desenvolve papel fundamental na formação dos cidadãos, conscientes de sua historia e dos desafios que se apresentam na sociedade atual. E para isto tem-se promovido a melhoria do ensino com reforma e adequação das unidades escolares e construção de novas escolas, aquisição de mobiliário e material didático; distribuição de cadernos escolares, merenda de qualidade e transportes aos alunos; incentivo ao esporte; à arte e à cultura. Os setores de saúde e assistência social vêm merecendo atenção especial com atendimento médico-hospitalar, construção de novos postos de saúde, Programa Saúde da Família e construção de casas para famílias de baixa renda. Merece destaque o cuidado que a Prefeitura de Maracás dispensa, ao aspecto urbanístico, promovendo a construção, restauração e urbanização de ruas e praças que torna a cidade mais bonita e aprazível.

Município de Gandu

Clodomiro Alves

Dados Gerais:
O município de Gandu , Estado da Bahia, possui uma população de 29.959 habitantes ( IBGE censo em 2007) e Área: 229,121 Km². Clima: quente e úmido, com temperatura média anual de 25° e média das máximas 34°. O índice pluviométrico é de: 1.100mm/ano.
Dista 290 km de Salvador ( capital ) por via rodoviária e 140 km em linha reta. A cidade de Gandu está situada às margens da rodovia federal: BR-101. Situa-se a 145 km de Itabuna e 160 km de Ilhéus.
A vegetação do Município, antes exuberante até as décadas de 50 e 60, era formada, basicamente, pela Mata Atlântica, onde existiam várias espécies raras como: Jacarandá, Peroba-Rosa, Pau-D'arco, Pequí, Jequitibá, Putumujú, Maçaranduba, Vinhático, dentre outros. Foi, em grande parte, derrubada e queimada para implantação de pastagens. O cacau, principal cultura do município que antes era plantado sob a mata, ajudando a preservar a Mata Atlântica, passou a ser cultivado sob a falsa sombra de bananeiras, tendo como conseqüência uma forte alteração no ecossistema local.
História:
O epônimo do município é Rio Gandu que banha a cidade e tem sua nascente na serra da "pedra-chata". A existência no passado de grande quantidade de jacarés guandus neste rio e nas lagoas adjacentes inspirou o nome atual da cidade. A bandeira do município de Gandu tem como símbolo um jacaré.
O Coronel Barachisio Lisboa e o engenheiro Horácio Lafer e Mesquita, foram os primeiros a visitar as terras onde hoje localiza-se a cidade de Gandu, em 1903 quando as reivindicaram para o município de Santarém
(atual Ituberá ). No dia 6 de maio daquele mesmo ano, tal reivindicação foi afinal reconhecida pelo governo do estado da Bahia.
Os primeiros a fixarem residência foram: Joaquim Monteiro da Costa, (Fazenda Pão), Manoel Cirilo de Carvalho e D. Rosalina Moura de Carvalho, ( Fazenda Gavião na vila nova de Nova Ibiá) e Salustiano Borges, donatário da (Fazenda Bom Jardim).
Em abril de 1904, um negro cortês e de jeito nobre - Fulgêncio Alves da Palma - iniciou na zona do Braço do Norte, o plantio da fazenda Jenipapo.
Em 1907 José Amado Costa e Gregório Monteiro da Costa, mais conhecido como Góes Monteiro, ambos lavradores vindo da cidade de Areia, (atual Ubaíra) iniciaram a cultura do cacau. José Amado Costa comprou uma fazenda e construiu sua primeira casa ao lado de um pé de Pequí, onde nas noites frias da terra chuvosa e úmida, dormia um corujão, denominando-a de Fazenda Corujão.
Com a construção da primeira igreja dedicada a São José, a localidade passou a ser conhecida como "Corujão".
Em 1919 Corujão era um arraial de 37 palhoças e 15 casas de taipa, construídas para abrigar trabalhadores das fazendas, contribuindo para a formação do povoado "Corujão", que mais tarde foi elevada à categoria de Vila e passou a se chamar GANDU, subordinado a Santarém (atual Ituberá).
Em 06 de Agosto de 1920, a vila foi elevada à categoria de distrito e em 28 de Julho de 1958, através do decreto estadual n° 1008, no governo de Manoel Libânio da Silva, o município foi emancipado com os distritos de Gandu (Sede), Nova Ibiá e Itamari, que pertenciam ao município de Ituberá. Atualmente Nova Ibiá e Itamari são municípios.
Prefeitos do município desde a emancipação:

Manoel Libânio da Silva Filho (1959/1963); Orlando Pitágoras de Freitas (1963/1967);
Eliseu Cabral Leal (1967/1970); Ezequias Clementino da Silva (1970/1971);
Almir Pereira da Silva (1971/1973); Adelson Lavigne de Mello (1973/1977);
Eliseu Cabral Leal (1977/1980); Almir Ramos Carneiro (1980/1982);
Dr. Fernando Guedes de Andrade (1983/1988); Nelson Leite Leal (1989/1992);

Município de Paramirim

Clodomiro Alves

Dados Gerais

Paramirim é um município brasileiro do estado da Bahia. com população estimada em 26.732 habitantes (IBGE 2007) e área de 1.115,641 km². A agricultura e a pecuária são as principais atividades econômicas, além da ocorrência de minério de Ferro (a jazida de ferro do Vale do Paramirim está calculada em 1.5 bilhões de toneladas o que pode tornar a Bahia o maior produtor de ferro do Brasil. Paramirim dista da Capital do Estado 702 km por via rodoviária

Historia

A povoação do município teve inicio como conseqüência da exploração das Minas do Rio de Contas, no Município de Rio de Contas, quando portugueses e brasileiros, seguindo pelas margens do Rio Brumado, cujas nascentes controvertem no Pico das Almas com as do Rio Paramirim, lograram acesso às Minas de Ouro do Morro do Fogo, nas proximidades do Vale do Paramirim, onde se encontra localizada hoje a cidade deste nome.

Surgiram, nos princípios do século XVIII, os primeiros habitantes desta região, os portugueses Manoel José Pereira, Tenente Valério Manoel Viana Luís Ribeiro de Magalhães, Antônio Ribeiro de Magalhães e Manoel Marques Vilela, e os brasileiros Antônio da Rocha Bastos e José da Rocha Bastos. Além das exportações de minérios, eles começaram a incentivar a agricultura e a pecuária, organizando as primeiras fazendas do território, como a da Cachoeira, a da Conceição, a Santa Apolônia e Fazenda Pires.

Em Janeiro de 1820, Florêncio da Rocha comprou ao Conde da Ponte as terras de Pau de Colher, e Manoel Joaquim Pereira de Castro as da Fazenda Poções, ao mesmo Conde, pela quantia de 145$000,00 (cento e quarenta e cinco mil réis), dando início à povoação denominada Arraial do Morro do Fogo, que seria, mais tarde, a Cidade de Paramirim.

Pela Resolução número 200, de 29 de Maio de 1843, a capela existente no Arraial foi elevada à categoria de Freguesia com o nome de Nossa Senhora do Carmo do Morro do Fogo.

Pela Resolução Provincial número 1.460, de 23 de Março de 1875. foi transferida para o povoado vizinho de Água Quente a sede da Freguesia do Morro do Fogo; em razão do progresso que este alcançou em virtude da existência de fontes termais.

Água Quente foi elevada à categoria de Vila pela Lei Provincial número 1.849, de 16/09/1878, que criou o Município do mesmo nome, formado pelos territórios das Freguesias do Morro do Fogo e São Sebastião de Macaúbas.

De acordo com a Lei Estadual número 460, Em 16 de Julho de 1902, através da Lei Estadual nº 460 foi transferida sede municipal para a povoação Arraial do Ribeiro (hoje Paramirim), que naquele tempo estava em fase de maior desenvolvimento do que Água Quente e com melhor localização geográfica...

A Lei Estadual número 736, de 26 de Junho de 1909, alterou o nome do Município que passou a denominar-se PARAMIRIM, ( que em Tupi-Guarani significa " Rio Pequeno").

Em 1962 e 1963, desmembraram-se do Município de Paramirim, por emancipação, os Distritos de Rio do Pires, Ibiajara e Água Quente. Paramirim possui dois Distritos: Paramirim (distrito sede) e Canabravinha.

Prefeitos de 1951 e 2008:

  • Érico Cayres Cardoso;
  • Ulysses Cayres de Britto;
  • Manoel Flávio Barbosa;
  • Dr. Aurélio Justiniano Rocha;
  • José Carmelino Vieira;
  • Leobino José Rodrigues;
  • Durval Marques Leão;
  • Ulisses Azevedo Bittencourt;
  • José Barbosa Leão;
  • Durval Marques Leão;
  • José Barbosa Leão;
  • Dr. Gilberto Martins Brito;
  • Dr. Júlio Bernardo Brito Vieira Bittencourt;
  • Dr. Júlio Bernardo Brito Vieira Bittencourt.
  • Sílvio Umberto Magalhães Louzada (atual prefeito)

Administração Municipal

Na atual gestão municipal a educação de jovens e adultos e a melhoria do atendimento no setor de saúde, são prioritárias tanto na área urbana, como na zona rural.

Diversas obras já construídas, destacando-se no setor educacional a construção do prédio onde funciona a primeira Faculdade de Paramirim; instalada através de parcerias e a escola de 2º grau Profª Cilene Louzada no distrito de Caraíbas. A Prefeitura reformou, ampliou e equipou todas as escolas existentes no município com vistas à melhoria das condições de ensino nas zonas urbana e rural.

A Secretária Municipal de Educação implantou diversos novos programas, estipulando metas e principalmente desenvolvendo novos meios de incentivo, capacitação e valorização dos professores e profissionais, resultando em sensível melhoria da qualidade do ensino publico municipal.

Cumpre destacar a implantação de vários programa de interesse da educação como:

Programa: Fluxo Escolar;

Programa AJA BAHIA Alfabetização de Jovens e Adultos;

Implantação do INFOCENTRO ( Programa de Inclusão Digital)

Melhoria e ampliação das linhas do transporte escolar

Doação de Bolsas Faculdade a professores aprovados no vestibular;

Doação de Bolsa Estudantil para o melhor aluno concluinte da 8.ª série, benefício que dura três anos consecutivos para o aluno cursar o 2.º grau (um salário mínimo);

A Secretaria Municipal de Saúde foi informatizada e ganhou novas instalações, alem da ampliação do seu quadro de pessoal, com significativa melhoria na qualidade do atendimento médico. Para atender a zona rural, foram realizadas obras de ampliação com instalação de novos postos e serviços como o PSF (Programa de Saúde da Família), implantando também o atendimento de saúde bucal com dentistas que atendem de forma gratuita e o médico de família que atende inclusive em domicílio em casos de necessidade.

Além das gestões desenvolvidas nos setores de saúde e educação cumpre destacar as ações da Secretaria de Infra-estrutura na construção de escolas, postos de saúde, postos telefônicos, pontes, recuperação e construção de estradas, reforma e ampliação de diversos prédios escolares, construção e urbanização de Praças na sede e no povoado de Caraíbas; pavimentação de ruas, praças e avenidas.

Hino do município de Paramirim

Letra: Gilberto Martins Brito
Melodia: Ito Moreno Filho

Linda serra te contorna,
Rio pequeno te corta inteiro
Dando nome a tu que és forte,
Terra minha, amor primeiro.

Teu solo diverso em formação,
Cobre-se da relva aquarela.
Refletindo a cor do povo,
Mestiço matiz mais bela.

Paramirim, amada terra,
Hei de lutar, lutar vencer,
És forte de força viva,
Por ti eu hei de ser.

Teus filhos sempre a lutar
Para o bem, por teu crescer
Sem tréguas, unindo as forças
Buscam a glória, o saber.

O Senhor, protetor universal,
Abençoa este pedaço de chão.
Dá força, paz, conforto.
Inspira a todos, traze união.