segunda-feira, 9 de junho de 2008

MUNÍCIPIO DE IPIRÁ



Clodomiro Alves
Dados Gerais

O município de Ipirá, Estado da Bahia, com área de 3.024 km² e sua população estimada em 2007 era de 60.043 habitantes (IBGE ), está localizado a 202 km da capital, às margens da BA 052, (Estrada do Feijão) que liga Feira de Santana a Xique - Xique.
Inserido o Polígono das secas, possui clima semi-árido com índice pluviométrico anual entre 754 mm a 1560 mm e temperatura média anual de 26 graus.
A economia do município de Ipirá tem como base a Pecuária, a Agricultura de subsistência e o Artesanato de Couro, contando ainda com uma indústria de calçados.
A pecuária é a principal atividade econômica do município, destacando-se o criatório de caprinos, ovinos, suínos e bovinos. O município situa-se entre os primeiros do Estado na criação de caprinos e ovinos. Ressalta-se ainda a pecuária de leite, sendo uma das cinco maiores bacias de leiteiras do Estado.
O artesanato de couro, atividade secular, tem importância fundamental na economia local, através da geração de emprego e renda. A COOAMA é a Cooperativa Artesanal do Malhador e congrega mais 70 artesãos associados que produzem para quase todos os estados do Brasil.

História

O Município foi criado com território desmembrado dos municípios de Feira de Santana e Jacobina, com a denominação de Vila de Santa Ana do Camisão, pela Resolução Provincial nº. 520, de 20/04/1855, com os territórios das freguesias de Sant' Ana do Camisão, Nossa Senhora do Rosário do Oboró e Nossa Senhora das Dores de Monte Alegre, sendo instalado em 03/03/1856.
Segundo alguns historiadores a Fazenda Camisão, epônimo da Serra em cujas imediações a Fazenda estava localizada, foi o núcleo inicial do povoamento do município, conservando, assim, até 20 de julho de 1931 o nome da antiga fazenda.
Não existem provas documentais a cerca da origem do nome Camisão.
A hipótese mais provável é a de que o nome Camisão originou-se do Coronel Manoel Maria Camisão, entradista* português homenageado pelo Governador Geral do Brasil ao dar seu nome ao aglomerado de ranchos ali existentes. O herói da retirada de Laguna, durante a Guerra do Paraguai, Tenente Coronel Carlos de Moraes Camisão era seu descendente.
Foi elevado a categoria de cidade com o nome de Camisão, pela Lei estadual nº. 144, de 08/08/1896. Distrito criado com o orago de Santa' Ana do Camisão. Pelo decreto 7.521 de 20 de julho de 1931, passou a chamar-se Ipirá, nome de origem indígena cujo significado é "Rio do Peixe".

*Entradas e Bandeiras eram expedições de desbravamento do interior do Brasil na época da colônia. Organizadas com maior freqüência no século XVII, seus principais objetivos são o reconhecimento territorial, a captação de mão-de-obra indígena, a submissão ou eliminação de tribos hostis e a procura de metais preciosos.
As entradas têm seu centro principal de propagação no litoral nordestino, saindo da Bahia e de Pernambuco para o interior em missão geralmente oficial de mapeamento do território. Também combatem os grupos indígenas que ameaçam ou impedem o avanço da colonização, como os caetés, os potiguares, os cariris, os aimorés e os tupinambás. A atuação das entradas estende-se do Nordeste à Amazônia e ao Centro-Oeste, abrangendo ainda áreas próximas do Rio de Janeiro.
(História do Brasil – Enciclopédia Brasileira)

CANÇÃO DE IPIRÁ


Verso de Walter Cajazeira
Música do Maestro Eduardo Fonseca Ramos


Ipirá, Ipirá, Ipirá
Minha linda cidade altaneira
Teus encantos são como não há,
És, em tudo, Ipirá,brasileira

Os teus ares, teu solo ,teu povo
São o retrato fiel do Brasil
Eu me sinto feliz eu me louvo ...
Sou teu filho Ipirá varonil !

Hei de sempre cantar te na vida,
Ninho augusto do meu coração,
Ipirá, minha terra querida,
Meu formoso e sagrado torrão.

Ipirá, Ipirá, Ipirá
Minha linda cidade altaneira
Teus encantos são como não há,
Es em tudo Ipirá brasileira !

E pensando na tua grandeza
Que teu povo trabalha e produz,
Terra amada de tanta riqueza,
Que tem certo futuro de luz...

Hei de sempre cantar te na vida
Ninho augusto do meu coração
Ipirá, minha terra querida,
Meu formoso e sagrado torrão.

Ipirá, Ipirá, Ipirá
Minha linda cidade altaneira,
Teus encantos são como não há,
Es em tudo Ipirá, brasileira !

quarta-feira, 7 de maio de 2008

MUNICÍPIO DE NAZARÉ


A TERRA MORENA É TAMBÉM A CIDADE DA FÉ

Clodomiro Alves

Nazaré guarda os segredos da magia, da religiosidade e do sincretismo do povo baiano, com seu casario colonial, suas igrejas centenلrias, (patrimônio arquitetônico e cultural de invejável beleza) e seus terreiros de candomblé e de umbanda.
No ponto mais alto da cidade está o Jesus de Nazaré, obra monumental que irradia energia, fé e purifica aqueles que visitam a terra morena. Este monumento da Fé do povo nazareno foi complementado pelas imagens da Via Sacra, com as 14 estações, instaladas, individualmente, ao longo da ladeira de acesso ao monumento.
O povoamento do município teve inicio em 1563, com Fernão Cabral de Ataíde que construiu um engenho e uma igreja no local onde hoje se situa o bairro da Conceição, aldeando, ao seu redor, índios e negros.
Em 1753 foi criado o distrito de Nazaré das Farinhas e posteriormente, em 1831, passou a denominar-se Nossa Senhora de Nazaré.
Emancipada em 1849, pela Lei Provincial nº 368 de 10 de novembro, Nazaré, localizada às margens serenas do Rio Jaguaripe guarda os encantos e as lembranças do passado com seus engenhos que asseguraram a economia da Bahia no período colonial. Com 256,352 km² e população de 26.665 habitantes (IBGE 2006), tem na agropecuária, industria e turismo suas principais fontes de renda.
Dista de Salvador, via Ferry-Boat 58 km e 220 km via BR-101..
Além de incrementar o turismo, incentivando o rico artesanato local, requalificando profissionalmente as pessoas envolvidas neste setor, a atual administração Municipal tem envidado esforços no sentido de manter e ampliar a tradicional feira de Caxixis, evento considerado como a maior Feira de artesanato de Cerâmica do Brasil, realizada durante a Semana Santa, que e em breve será reconhecida mundialmente, com apoio da Secretaria de Turismo do Estado e PREFEITURA DE NAZARÉ.
No setor de saúde cumpre destacar o atendimento médico-hospitalar prestado à população carente pelo HOSPITAL DIA, equipado pela Prefeitura de Nazaré com unidades de Ultra-Sonografia, Raio X, Urologia, Neurologia, Laboratório de Análises Clínicas, Dermatologia, Oftalmologia, Otorrino-laringologia, Fonoaudiologia, Fisioterapia e Odontologia e Prótese Dentária.
A Prefeitura Municipal de Nazaré, através da Secretaria Municipal de Educação vem desenvolvendo um intenso trabalho de melhoria no sistema de ensino, com capacitação de professores, aquisição de material escolar e didático, reforma de todas as unidades de ensino, transporte escolar para professores e alunos, merenda escolar de qualidade.
O Governo Municipal se empenha, também, no trabalho de restaurar as praças, os monumentos e equipamentos públicos, bem como a preservação da sua História e a proteção do meio ambiente. Este trabalho que passa, necessariamente, pelas escolas, exige de professores e alunos, significativa parcela de responsabilidade.
Nazaré faz educação de qualidade porque o Governo Municipal reconhece na educação o único meio pelo que se dispôe para preservar a dignidade da condição humana.
Esta a razão porque oferece às crianças e jovens uma escola pública que promove a cidadania, o conhecimento e a cultura, preparando-os de modo a permitir sua inserção no mercado exigente e competitivo que se apresenta no mundo globalizado, dando-lhe condições de igualdade com outros jovens dos grandes centros.


Hino do município de Nazaré

As águas do Rio Jaguaripe;
Refletem a imagem da minha cidade;
Da minha cidade querida;
Recanto de amor e de felicidade;

Tu és terra morena;
Cidade de Nazaré, Nazaré;
Onde impera a bondade;
A esperança e a fé;
Com essas grandes Virtutes;
Que Deus te fez possuir;
Tu és formosa, tu és gorbosa;
És uma Jóia a luzir (biz).

sexta-feira, 2 de maio de 2008

AS COTAS SÃO DISCRIMINATORIAS E CONTAMINADORAS

AS COTAS NAS UNIVERSIDADES SÃO DISCRIMINATÓRIAS E CONTAMINADORAS

Clodomiro Alves

As declarações do Professor Antonio Natalino Dantas, Coordenador do Curso e Medicina da UFBA provocaram uma polêmica enorme a tal ponto de a turma do acarajé se predispor a fritá-lo no azeite de dendê. As declarações em parte são verdadeiras, embora tenham sido enfocadas de modo a permitir interpretações dúbias, possibilitando aos oportunistas de plantão vê-las como ofensivas e recheadas de racismo.
Na verdade as cotas são prejudiciais a formação no ensino superior e altamente discriminatórias.
Diante da incapacidade do governo de reconhecer a sua ineficiência na administração do ensino básico, valeu-se de alguns pedagogos demagógicos e também despreparados para a sua missão de educador, para encontrar nas cotas uma forma covarde de dizer que pobre, preto e índio são uma classe, intelectualmente, inferior. O que não é verdade. Fui menino pobre do interior e vendi pão de porta em porta para estudar. Por falta de condições financeiras não cursei o segundo grau e pré-vestibular. Fiz exames de Madureza (atual supletivo) e prestei vestibular logrando aprovação em 2º lugar. Cursei, com brilhantismo, Direito, na Universidade Federal da Bahia. Benedita da Silva foi empregada doméstica, Senadora da República, Governadora do Rio de Janeiro e Ministra de Estado.
O Governo, ao invés de requalificar o ensino público, sobretudo o ensino básico (1º e 2º graus) e oferecer aos que cursaram ou estão cursando o segundo grau um curso preparatório para o ingresso no ensino superior, usou a tática de oferecer cotas a fim de facilitar o ingresso de pobres, pretos e índios nas universidades publicas, independentemente do seu nível de conhecimento e de capacidade.
Dizer que boa parte dos jovens baianos de classe pobre tem um nível de conhecimento muito aquém do desejado é uma verdade inconteste. O curso de segundo grau (denominado FORMAÇAO GERAL) é, na verdade, um curso de enganação geral. Boa parte destes jovens, cursando o segundo grau, ainda são incapazes de preencher corretamente uma ficha de pedido de emprego.
O despreparo destes jovens não decorre da falta de inteligência e sim da ineficiência do ensino publico ao qual têm acesso. Com professores desmotivados em razão do baixo salário e despreparados para função e que muitas vezes, embora lhes falte vocação, ministram aulas apenas porque não encontram outro emprego.
O acesso aos livros é restrito, em razão do custo e via de regra os livros oferecidos pelo governo são vazio de conteúdo.
No que diz respeito a qualidade da musica que se ouve na Bahia, bem o disse o professor: é de péssima qualidade. Há muito, aqui convenciou-se, que batuque é música e barulho é diversão e alegria. A Bahia tem uma pleiade de extraordinarios compositores e excelentes intérpretes. Não é por falta de opção e sim por contaminação. A culpa certamente não é da população. O erro começa nas escolas onde se aprende quase nada e muito menos sobre música.
A nível de governo (nas diferentes esferas) é muito difícil para uma boa orquestra conseguir patrocínio. Os prefeitos gastam verdadeiras fortunas com bandas, muitas sem qualquer qualificação, mas são incapazes de levar para suas cidades uma boa orquestra para mostrar aos seus munícipes musicas de qualidade e de conteúdo.
Na Bahia o governo tem um programa (FAZCULTURA) que em verdade deveria denominar-se FAZCURTURA. Pois são raros os eventos patrocinados por este programa com algum conteúdo cultural. Para seus idealizados e administradores batuque é musica e barulho é cultura.
Para muitos empresários do ramo difundir e vender musica de consumo é mais interessante em razão do lucro imediato. Pouco importa o conteúdo e a qualidade.
Sem desprezar e sem deixar de cultivar matizes da cultura popular que faz parte da nossa própria identidade Histórica é necessário que se mantenha a cultura e o conhecimento que ao longo de vários séculos se acumulou neste Pais, oriundos de outras civilizações. Afinal já não vivemos numa tribo de índios, ou numa aldeia africana. Os clarins não podem ser totalmente substituídos pelos tambores.








quarta-feira, 9 de abril de 2008

MUNICIPIO DE CASA NOVA - BAHIA - História atualizada

Clodomiro Alves


Dados Gerais

O Município Baiano de Casa Nova está situado às margens do Rio São Francisco. Tem uma população de 62.215 habitantes (censo de 2006) e área de 9.657,51 Km², sendo o quarto município baiano em área territorial. Dista da capital do Estado 572 km e localiza-se, geograficamente, no Baixo Médio São Francisco. Costuma-se dividir a área banhada pelo Rio S.Francisco em Alto São Francisco (da nascente até a cidade de Pirapora), Médio São Francisco (de Pirapora até a cachoeira de Paulo Afonso) e Baixo São Francisco (da cachoeira de Paulo Afonso à foz, entre Sergipe e Alagoas).
Até 1972, havia transporte regular de barco a vapor entre Juazeiro e Pirapora (Minas Gerais), largamente utilizado pela população de Casa Nova. De Juazeiro para Salvador a viagem era feita de trem. A ligação ferroviária Salvador-Juazeiro já existia desde 1896 e foi desativada (como transporte de passageiros em 1986.. O último trem de passageiros intermunicipal da Bahia, o “Marta Rocha”, que ligava Alagoinhas a Senhor do Bonfim, foi desativado em 1989.
Atualmente a ligação Casa Nova -Salvador é feita pela BA-235 (de Casa Nova a Juazeiro), BR-407 (de Juazeiro a Capim Grosso) e BR-324 (de Capim Grosso a Salvador) A construção da barragem de Sobradinho, o maior lago artificial do Mundo, provocou a mudança de localização da cidade. O lago formado com a barragem cobriu as cidades originais de Casa Nova, Pilão Arcado, Remanso e Sento Sé.Trata-se de uma gigantesca obra, mas que resultou na submersão das sedes dos municípios, causando grande impacto social e resultando em prejuízo para a História dos municípios. Desconsiderou-se o parecer técnico da consultoria especializada contratada, à época, que afirmava ser possível, sem prejuízo da geração de energia, escolher um local alternativo para a construção da barragem, de modo que a formação do lago não afetasse tanto os municípios e seus habitantes.

Economia

A vinicultura no município é uma atividade recente, porem promissora.Atualmente a produção de vinho já ultrapassa milhões de garrafas, produzidas anualmente, no município, onde é normal serem colhidas duas safras de uva por ano.
A caprinocultura, tradicionalmente associada à subsistência no Brasil, só recentemente passou a receber, na região de Casa Nova, um maior cuidado em relação à melhoria da qualidade do rebanho. Casa Nova possui o segundo maior rebanho de caprinos do Brasil, com 419 mil cabeças (dados do IBGE em 2005). Remanso, município, vizinho ocupa o primeiro lugar, com 429 mil cabeças. O estado da Bahia tem o maior rebanho de caprinos do país.

História

Casa Nova surgiu na primeira metade do século XIX, a partir da descoberta (e comercialização) de sal (cloreto de sódio) em seu território. Algumas publicações mencionam como seu fundador um português senhor Viana, sem revelar mais informações sobre o mesmo. Oficialmente o município foi criado por lei provincial de 1879, com área desmembrada do município de Remanso, que por sua vez já pertencera a Pilão Arcado. Seu nome original foi São José do Riacho de Casa Nova.
Além da sede, o município possui os distritos de Santana do Sobrado, Pau a Pique, Bem Bom e Luiz Viana.
.Entre agosto de 1879 e janeiro de 1880, Teodoro Sampaio, engenheiro baiano da Comissão pelos estudos da navegação no interior do Brasil, percorreu o Rio São Francisco da foz até Pirapora (MG). Em 1906, no livro “O Rio São Francisco e a Chapada Diamantina” dedicou um dos capítulos que recebeu o título “As Salinas de Casa Nova”. Nele o autor aborda a extração do sal, então sua mais importante atividade econômica.
O conselheiro Luiz Viana, é considerado o casanovense mais ilustre e conhecido. Formado em Direito na Faculdade de Recife, foi promotor, juiz e finalmente conselheiro (desembargador) e presidente do então Tribunal de Apelação de Revista (atual Tribunal de Justiça) da Bahia. O título foi incorporado a seu nome e passou a ser definitivamente conhecido como “Conselheiro Luiz Viana” Foi presidente do Poder Judiciário da Bahia, senador estadual e presidente do Senado Estadual (hoje Assembléia Legislativa) e governador da Bahia de 1896 e 1900. Presidiu os três poderes do estadual à época. Seu governo foi marcado pela guerra de Canudos (novembro de 1896 a outubro de 1897). De 1890 até 1920, quando faleceu, Luiz Viana exerceu grande influência na política baiana. Seu filho, que foi senador e governador da Bahia, além de escritor e membro da Academia Brasileira de Letras, nasceu em Paris, filho de mãe alemã (segunda esposa do pai), tendo sido registrado como Henrique Luiz Viana. Somente anos mais tarde, ao fazer seu registro de emancipação no cartório da Sé, em Salvador, passou a se chamar oficialmente Luiz Viana Filho.
O movimento fanático religioso na localidade de Pau-de-Colher, em 1938, guarda várias semelhanças com o de Canudos, tendo terminado, assim como este, com a intervenção de tropas estaduais e federais e a morte de centenas de fanáticos participantes. Foi assunto de vários livros, sendo o mais recente “Pau-de-Colher – Um pequeno Canudos – Conotações políticas e ideológicas”, de Raimundo Estrela, publicado em 1997.

Turismo

A Festa do Interior realizada na primeira quinzena de julho é considera a mais importante comemoração do município. Através de barracas de distritos e povoados, são divulgadas as atividades produtivas do município, além de manifestações folclóricas, shows musicais e parque de diversões. Valoriza a cultura regional e estimula a economia do município, um grande público se faz presente.
As dunas do Velho Chico (vide contra capa do caderno) é uma das mais belas praias fluvial do mundo. Fica no oeste do Lago de Sobradinho, no município de Casa Nova.

Administração Municipal

A atual Gestão Municipal tendo como meta a melhoria da qualidade de vida de seus munícipes, está promovendo um atendimento de qualidade nos seus mais diferentes aspectos. A educação desenvolve papel fundamental na formação dos cidadãos, conscientes de sua historia e dos desafios que se apresentam na sociedade atual. E para isto tem-se promovido a melhoria do ensino com reforma e adequação das unidades escolares e construção de novas escolas, aquisição de mobiliário e material didático, e distribuição de cadernos escolares, merenda de qualidade e transportes aos alunos e incentivo ao esporte; arte e à cultura. Os setores de saúde e assistência social vêm merecendo atenção especial com atendimento médico-hospitalar, através do hospital de Casa Nova e dos diversos postos de saúde do município. Não se descuida, entretanto, do aspecto urbanístico, promovendo a construção, restauração e urbanização de ruas e praças.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

MUNICÌPIO DE MARACÀS

Clodomiro Alves



Dados Gerais

O município de Maracás, no Estado da Bahia, com área de 2.435,20 km², tem aproximadamente 35.019 habitantes, (dados do IBGE de 2006) dos quais 35% reside na zona rural.
Localizada no Sudoeste da Bahia, a 367 km de Salvador, com altitude de 1100 metros acima do nível do mar, a Cidade tem clima frio, propício ao cultivo de flores, dentre as quais se destacam Palmas de Santa Rita, Orquídeas, Gérberas e Rosas, razão porque é conhecida como “Cidade das Flores”.
Em Maracás estão localizadas as jazidas de vanádio com o maior teor do minério já conhecido no mundo. As reservas descobertas foram avaliadas em 17,3 milhões de toneladas de minério, com teor médio de 1,44% de vanádio; até então o maior teor já descoberto era de apenas 0,4%, na África do Sul. O depósito baiano será a única mina de vanádio do Brasil e de maior concentração do mundo. No local também foram detectados platina e paládio disseminados e contidos.

História

Os primeiros habitantes foram os índios da tribo Maracás (nome de um utensílio de guerra em forma de cilindro oco, de madeira, leve e fino e cheio de pedras, do qual nunca se separavam.
Em 1653, sentindo necessidade de abertura de estradas para Camamu, Maraú, Rio de Contas, Jacuípe, Jiquiriçá e Jacobina, o governo da Bahia passou a atender aos pedidos dos bandeirantes no sentido de penetrarem mais para o centro em busca das terras férteis do Orobó. O desbravamento da região, no entanto, vinha se processando lenta e penosamente em virtude das duras lutas travadas com os índios, que saíam vitoriosos na maioria das vezes. O governo da Bahia resolve, então, pedir ajuda aos paulistas, tendo remetido proposta sobre o assunto às Câmaras de São Vicente e São Paulo.
Em 1671 foi reiniciada uma ação decisiva contra os índios, cabendo aos sertanistas Baião Parente, Brás Rodrigues Arcão, sargento Pedro Gomes e Gaspar Rodrigues Adorno, o mais famoso bandeirante baiano, chefiar a luta contra os índios Maracás. Após derrotá-los, os bandeirantes passaram a ter direitos sobre as terras e sobre os índios. Em 1673, o frei Antônio da Piedade inicia o processo de catequese dos aborígines, fazendo-os abandonar seus antigos hábitos e dedicar-se aos trabalhos agrícolas.
A povoação teve inicio com a doação de uma área com uma légua quadrada (36 km²) de terras oriunda da Fazenda Água, feita por sua proprietária Maria da Paixão, para a construção da Capela de Nossa Senhora das Graças, surgindo definitivamente, nesse ponto, a atual cidade de Maracás.
Pela lei provincial nº 169 de 19/04/1855 a capela foi elevada a categoria de freguesia..Ainda em 1855 a lei provincial n° 518 criou o Município de Maracás, desmembrado de Mucugê, ocorrendo sua instalação no dia 5 de janeiro de 1856.

Administração Municipal

A atual Gestão Municipal tendo como meta a melhoria da qualidade de vida de seus munícipes, está promovendo um atendimento de qualidade nos seus mais diferentes aspectos. A educação desenvolve papel fundamental na formação dos cidadãos, conscientes de sua historia e dos desafios que se apresentam na sociedade atual. E para isto tem-se promovido a melhoria do ensino com reforma e adequação das unidades escolares e construção de novas escolas, aquisição de mobiliário e material didático; distribuição de cadernos escolares, merenda de qualidade e transportes aos alunos; incentivo ao esporte; à arte e à cultura. Os setores de saúde e assistência social vêm merecendo atenção especial com atendimento médico-hospitalar, construção de novos postos de saúde, Programa Saúde da Família e construção de casas para famílias de baixa renda. Merece destaque o cuidado que a Prefeitura de Maracás dispensa, ao aspecto urbanístico, promovendo a construção, restauração e urbanização de ruas e praças que torna a cidade mais bonita e aprazível.

Município de Gandu

Clodomiro Alves

Dados Gerais:
O município de Gandu , Estado da Bahia, possui uma população de 29.959 habitantes ( IBGE censo em 2007) e Área: 229,121 Km². Clima: quente e úmido, com temperatura média anual de 25° e média das máximas 34°. O índice pluviométrico é de: 1.100mm/ano.
Dista 290 km de Salvador ( capital ) por via rodoviária e 140 km em linha reta. A cidade de Gandu está situada às margens da rodovia federal: BR-101. Situa-se a 145 km de Itabuna e 160 km de Ilhéus.
A vegetação do Município, antes exuberante até as décadas de 50 e 60, era formada, basicamente, pela Mata Atlântica, onde existiam várias espécies raras como: Jacarandá, Peroba-Rosa, Pau-D'arco, Pequí, Jequitibá, Putumujú, Maçaranduba, Vinhático, dentre outros. Foi, em grande parte, derrubada e queimada para implantação de pastagens. O cacau, principal cultura do município que antes era plantado sob a mata, ajudando a preservar a Mata Atlântica, passou a ser cultivado sob a falsa sombra de bananeiras, tendo como conseqüência uma forte alteração no ecossistema local.
História:
O epônimo do município é Rio Gandu que banha a cidade e tem sua nascente na serra da "pedra-chata". A existência no passado de grande quantidade de jacarés guandus neste rio e nas lagoas adjacentes inspirou o nome atual da cidade. A bandeira do município de Gandu tem como símbolo um jacaré.
O Coronel Barachisio Lisboa e o engenheiro Horácio Lafer e Mesquita, foram os primeiros a visitar as terras onde hoje localiza-se a cidade de Gandu, em 1903 quando as reivindicaram para o município de Santarém
(atual Ituberá ). No dia 6 de maio daquele mesmo ano, tal reivindicação foi afinal reconhecida pelo governo do estado da Bahia.
Os primeiros a fixarem residência foram: Joaquim Monteiro da Costa, (Fazenda Pão), Manoel Cirilo de Carvalho e D. Rosalina Moura de Carvalho, ( Fazenda Gavião na vila nova de Nova Ibiá) e Salustiano Borges, donatário da (Fazenda Bom Jardim).
Em abril de 1904, um negro cortês e de jeito nobre - Fulgêncio Alves da Palma - iniciou na zona do Braço do Norte, o plantio da fazenda Jenipapo.
Em 1907 José Amado Costa e Gregório Monteiro da Costa, mais conhecido como Góes Monteiro, ambos lavradores vindo da cidade de Areia, (atual Ubaíra) iniciaram a cultura do cacau. José Amado Costa comprou uma fazenda e construiu sua primeira casa ao lado de um pé de Pequí, onde nas noites frias da terra chuvosa e úmida, dormia um corujão, denominando-a de Fazenda Corujão.
Com a construção da primeira igreja dedicada a São José, a localidade passou a ser conhecida como "Corujão".
Em 1919 Corujão era um arraial de 37 palhoças e 15 casas de taipa, construídas para abrigar trabalhadores das fazendas, contribuindo para a formação do povoado "Corujão", que mais tarde foi elevada à categoria de Vila e passou a se chamar GANDU, subordinado a Santarém (atual Ituberá).
Em 06 de Agosto de 1920, a vila foi elevada à categoria de distrito e em 28 de Julho de 1958, através do decreto estadual n° 1008, no governo de Manoel Libânio da Silva, o município foi emancipado com os distritos de Gandu (Sede), Nova Ibiá e Itamari, que pertenciam ao município de Ituberá. Atualmente Nova Ibiá e Itamari são municípios.
Prefeitos do município desde a emancipação:

Manoel Libânio da Silva Filho (1959/1963); Orlando Pitágoras de Freitas (1963/1967);
Eliseu Cabral Leal (1967/1970); Ezequias Clementino da Silva (1970/1971);
Almir Pereira da Silva (1971/1973); Adelson Lavigne de Mello (1973/1977);
Eliseu Cabral Leal (1977/1980); Almir Ramos Carneiro (1980/1982);
Dr. Fernando Guedes de Andrade (1983/1988); Nelson Leite Leal (1989/1992);

Município de Paramirim

Clodomiro Alves

Dados Gerais

Paramirim é um município brasileiro do estado da Bahia. com população estimada em 26.732 habitantes (IBGE 2007) e área de 1.115,641 km². A agricultura e a pecuária são as principais atividades econômicas, além da ocorrência de minério de Ferro (a jazida de ferro do Vale do Paramirim está calculada em 1.5 bilhões de toneladas o que pode tornar a Bahia o maior produtor de ferro do Brasil. Paramirim dista da Capital do Estado 702 km por via rodoviária

Historia

A povoação do município teve inicio como conseqüência da exploração das Minas do Rio de Contas, no Município de Rio de Contas, quando portugueses e brasileiros, seguindo pelas margens do Rio Brumado, cujas nascentes controvertem no Pico das Almas com as do Rio Paramirim, lograram acesso às Minas de Ouro do Morro do Fogo, nas proximidades do Vale do Paramirim, onde se encontra localizada hoje a cidade deste nome.

Surgiram, nos princípios do século XVIII, os primeiros habitantes desta região, os portugueses Manoel José Pereira, Tenente Valério Manoel Viana Luís Ribeiro de Magalhães, Antônio Ribeiro de Magalhães e Manoel Marques Vilela, e os brasileiros Antônio da Rocha Bastos e José da Rocha Bastos. Além das exportações de minérios, eles começaram a incentivar a agricultura e a pecuária, organizando as primeiras fazendas do território, como a da Cachoeira, a da Conceição, a Santa Apolônia e Fazenda Pires.

Em Janeiro de 1820, Florêncio da Rocha comprou ao Conde da Ponte as terras de Pau de Colher, e Manoel Joaquim Pereira de Castro as da Fazenda Poções, ao mesmo Conde, pela quantia de 145$000,00 (cento e quarenta e cinco mil réis), dando início à povoação denominada Arraial do Morro do Fogo, que seria, mais tarde, a Cidade de Paramirim.

Pela Resolução número 200, de 29 de Maio de 1843, a capela existente no Arraial foi elevada à categoria de Freguesia com o nome de Nossa Senhora do Carmo do Morro do Fogo.

Pela Resolução Provincial número 1.460, de 23 de Março de 1875. foi transferida para o povoado vizinho de Água Quente a sede da Freguesia do Morro do Fogo; em razão do progresso que este alcançou em virtude da existência de fontes termais.

Água Quente foi elevada à categoria de Vila pela Lei Provincial número 1.849, de 16/09/1878, que criou o Município do mesmo nome, formado pelos territórios das Freguesias do Morro do Fogo e São Sebastião de Macaúbas.

De acordo com a Lei Estadual número 460, Em 16 de Julho de 1902, através da Lei Estadual nº 460 foi transferida sede municipal para a povoação Arraial do Ribeiro (hoje Paramirim), que naquele tempo estava em fase de maior desenvolvimento do que Água Quente e com melhor localização geográfica...

A Lei Estadual número 736, de 26 de Junho de 1909, alterou o nome do Município que passou a denominar-se PARAMIRIM, ( que em Tupi-Guarani significa " Rio Pequeno").

Em 1962 e 1963, desmembraram-se do Município de Paramirim, por emancipação, os Distritos de Rio do Pires, Ibiajara e Água Quente. Paramirim possui dois Distritos: Paramirim (distrito sede) e Canabravinha.

Prefeitos de 1951 e 2008:

  • Érico Cayres Cardoso;
  • Ulysses Cayres de Britto;
  • Manoel Flávio Barbosa;
  • Dr. Aurélio Justiniano Rocha;
  • José Carmelino Vieira;
  • Leobino José Rodrigues;
  • Durval Marques Leão;
  • Ulisses Azevedo Bittencourt;
  • José Barbosa Leão;
  • Durval Marques Leão;
  • José Barbosa Leão;
  • Dr. Gilberto Martins Brito;
  • Dr. Júlio Bernardo Brito Vieira Bittencourt;
  • Dr. Júlio Bernardo Brito Vieira Bittencourt.
  • Sílvio Umberto Magalhães Louzada (atual prefeito)

Administração Municipal

Na atual gestão municipal a educação de jovens e adultos e a melhoria do atendimento no setor de saúde, são prioritárias tanto na área urbana, como na zona rural.

Diversas obras já construídas, destacando-se no setor educacional a construção do prédio onde funciona a primeira Faculdade de Paramirim; instalada através de parcerias e a escola de 2º grau Profª Cilene Louzada no distrito de Caraíbas. A Prefeitura reformou, ampliou e equipou todas as escolas existentes no município com vistas à melhoria das condições de ensino nas zonas urbana e rural.

A Secretária Municipal de Educação implantou diversos novos programas, estipulando metas e principalmente desenvolvendo novos meios de incentivo, capacitação e valorização dos professores e profissionais, resultando em sensível melhoria da qualidade do ensino publico municipal.

Cumpre destacar a implantação de vários programa de interesse da educação como:

Programa: Fluxo Escolar;

Programa AJA BAHIA Alfabetização de Jovens e Adultos;

Implantação do INFOCENTRO ( Programa de Inclusão Digital)

Melhoria e ampliação das linhas do transporte escolar

Doação de Bolsas Faculdade a professores aprovados no vestibular;

Doação de Bolsa Estudantil para o melhor aluno concluinte da 8.ª série, benefício que dura três anos consecutivos para o aluno cursar o 2.º grau (um salário mínimo);

A Secretaria Municipal de Saúde foi informatizada e ganhou novas instalações, alem da ampliação do seu quadro de pessoal, com significativa melhoria na qualidade do atendimento médico. Para atender a zona rural, foram realizadas obras de ampliação com instalação de novos postos e serviços como o PSF (Programa de Saúde da Família), implantando também o atendimento de saúde bucal com dentistas que atendem de forma gratuita e o médico de família que atende inclusive em domicílio em casos de necessidade.

Além das gestões desenvolvidas nos setores de saúde e educação cumpre destacar as ações da Secretaria de Infra-estrutura na construção de escolas, postos de saúde, postos telefônicos, pontes, recuperação e construção de estradas, reforma e ampliação de diversos prédios escolares, construção e urbanização de Praças na sede e no povoado de Caraíbas; pavimentação de ruas, praças e avenidas.

Hino do município de Paramirim

Letra: Gilberto Martins Brito
Melodia: Ito Moreno Filho

Linda serra te contorna,
Rio pequeno te corta inteiro
Dando nome a tu que és forte,
Terra minha, amor primeiro.

Teu solo diverso em formação,
Cobre-se da relva aquarela.
Refletindo a cor do povo,
Mestiço matiz mais bela.

Paramirim, amada terra,
Hei de lutar, lutar vencer,
És forte de força viva,
Por ti eu hei de ser.

Teus filhos sempre a lutar
Para o bem, por teu crescer
Sem tréguas, unindo as forças
Buscam a glória, o saber.

O Senhor, protetor universal,
Abençoa este pedaço de chão.
Dá força, paz, conforto.
Inspira a todos, traze união.

domingo, 30 de março de 2008

MUNICIPIO DE EUCLIDES DA CUNHA - BAHIA- Historia atualizada

Clodomiro Alves

"Aquela Campanha de Canudos lembra um refluxo para o passado. E foi, na significação integral da palavra, um crime. Denunciemo-lo".
Euclides da Cunha

O município de Euclides da Cunha, emancipado em 19.09.1933, dista de Salvador, Capital do Estado da Bahia, 324 km.Está localizado no Nordeste baiano a uma altitude de 472 metros acima do nível do mar e possui área de 2.324.965km² e população estimada de 55.397 habitantes.
Os primeiros habitantes foram os índios caimbés, que se instalaram inicialmente na aldeia de Massacará, transferindo-se posteriormente para outro sitio que mais tarde receberia a denominação de Fazenda Caimbé. Colonos vindos dos municÍpios vizinhos de Monte Santo e Canudos que aqui se fixaram com suas famílias, dedicaram-se a lavoura e a criação de gado. Os padres Jesuítas, em missão de catequese pelo sertão construíram no local da atual vila de Massacará uma capela e um convento. A localidade continuou evoluindo até a emancipação em 19 de setembro de 1933.
O epônimo do Município é o escritor, jornalista e engenheiro militar EUCLIDES RODRIGUES PIMENTA DA CUNHA, consagrado como estudioso dos problemas do Nordeste Brasileiro através de OS SERTÔES (1902), um dos maiores épicos da literatura brasileira e latino –americana. Uma obra contundente, que destruía o sonho brasileiro da república e da civilização branca europeizada. O livro "Os Sertões" nasceu de reportagens sobre a Guerra de Canudos para o jornal "O Estado de São Paulo"realizadas por. Euclides da Cunha em 1897, como enviado de guerra..
Euclides da Cunha nasceu em 20 de janeiro de 1866, na fazenda Saudade, no município de Cantagalo, estado do Rio de Janeiro. Morreu no bairro da Piedade, aos 42 anos, assassinado pelo jovem cabo Dilermando Reis, amante de sua mulher, Ana Maria Cunha, filha do Coronel Sólon Ribeiro, importante personalidade da República. A vida de Euclides da Cunha foi marcada pela tragédia. Órfão de mãe aos 3 anos de idade, foi entregue aos cuidados de vários parentes. Do Rio de Janeiro foi para Salvador e depois para São Paulo. Sua vida era feita de diferentes casas, bairros e afetos entrecortados; sua mente, uma sucessão de múltiplas paisagens. Composições que só ajudariam o geógrafo, o sociólogo e o antropólogo surpreendente que ele se revelaria anos mais tarde. Desde muito cedo Euclides da Cunha foi tido como gênio por seus contemporâneos. Sua mente lúcida impressionava. Apesar do temperamento arredio e turbulento, sempre soube preservar as amizades. Foi amigo de intelectuais e de gente poderosa como o barão do Rio Branco. Mas nunca conheceu o afeto feminino.
O final do século XIX, foi um período de muita agitação nacional. A libertação dos escravos em 1888 fora o golpe fatal na monarquia. No ano seguinte, o golpe militar do dia 15 de novembro, liderado pelo marechal Deodoro da Fonseca, proclamou a República. O novo regime trazia a promessa de uma organização de homens livres e iguais perante a lei. As eleições democráticas dariam a todos o direito político de escolher seus dirigentes, e o trabalho livre traria salários. Eram mudanças radicais, que pareciam acabar com antigos privilégios. Já se esperava um levante monarquista. Mas nunca de um grupo de desvalidos... A guerra de Canudos, em 1986, no Sertão da Bahia, liderada pelo beato Antonio Conselheiro, representou o imprevisto. Foi um dos acontecimentos mais impressionantes e sangrentos de toda a história do Brasil. . Quatro expedições foram enviadas durante um ano contra mais de vinte mil habitantes da região: índios, mulatos, caboclos, pretos sertanejos, liderados pelo beato Antônio Conselheiro e munidos apenas de paus, pedras e armas rústicas. Os soldados traziam metralhadoras, granadas e canhões. Estavam poderosamente armados e eram numericamente muitas vezes superiores aos revoltosos, mas perdiam todas as batalhas. A resistência do sertanejo assombrava o país, e a derrota de Canudos tornou-se para o Exército e para a República uma questão de honra nacional.
A Guerra de Canudos foi um dos maiores genocídios da história do Brasil. Em nome da república foram cometidas atrocidades que sem o livro de Euclides da Cunha jamais seriam reveladas.
Até o início da guerra, as elites do litoral e do sul ignoravam o que fosse o sertão: uma estranha pátria sem dono, abandonada pelas leis e instituições, vivendo sob o jugo da terra e dos latifundiários. Para compreender a revolta era necessário que o sertão viesse à tona, numa nova tradução. Foi essa a grande proeza do jornalista e engenheiro militar Euclides da Cunha, ao publicar seu livro "Os Sertões", em 1902.
Ao tentar compreender a psicologia do sertanejo, Euclides da Cunha fez um ensaio revelador sobre a formação do homem brasileiro. Desmistificou o pensamento vigente entre as elites do período, de que somente os brancos de origem européia eram legítimos representantes da nação. Mostrou que não existe no país raça branca pura, mas uma infinidade de combinações multirraciais. Previu um destino trágico para o Brasil, se o país continuasse a não levar em conta as diversas raças que o formaram. Mostrou que o Brasil tinha contradições e diferenças étnicas e culturais extremas. Concluiu que havia uma necessidade imperiosa de se inventar uma raça. Caso contrário, o Brasil seria candidato a desaparecer.
Euclides da Cunha mostrou que um universo de tal natureza era governado por leis próprias. Demonstrou que a Campanha de Canudos foi absurda, pois a população não era monarquista, como o exército acreditava. Pregar contra a república era apenas uma variante do delírio religioso de Antônio Conselheiro. Uma sociedade tão primitiva era incapaz de compreender tanto a forma republicana como a monarquia constitucional. Só aceitava o império de um chefe sacerdotal ou guerreiro. Conselheiro foi esse chefe sacerdotal. Anos mais tarde, o cangaceiro Lampião seria o chefe guerreiro.
Antônio Vicente Mendes Maciel, Antonio Conselheiro, como se tornou conhecido, nasceu em Quixeramobim, Ceará, em 1830. Descendente de uma família turbulenta, porem calmo e correto, era avesso a confusão. Perdeu a mãe quando era pequeno e jamais matou alguém. Depois de casado, Antônio Vicente saiu de Quixeramobim, tornando-se caixeiro viajante. Sua vida de casado era um inferno, minando aos poucos seu equilíbrio e serenidade. Até que veio o golpe fatal: a mulher fugiu com um policial. Era o ano de 1860 e o alucinado Antônio Vicente, fulminado de vergonha, desapareceu no sertão. Queria o abrigo da absoluta obscuridade. E nesses 10 anos de andanças, deu-se a transformação.
Com um camisão de brim azul, vivia de esmolas e carregava numa mão um livro com a "Missão Abreviada" e na outra "As Horas Marianas". Antônio Conselheiro iniciou sua carreira de andarilho, como beato, e, logo se transformou num condutor de sertanejos que seguia suas profecias, entrava nas cidades rezando terços e ladainhas. Depois pregava, possuído por um furor místico que arrastava multidões.
Com ajuda do povo que o seguia, Antônio Conselheiro construía e restaurava igrejas. Levantava muros de cemitérios. Fundou povoados que se tornaram cidades, como o de Bom Jesus, atual Crisópolis, onde ainda hoje há uma igreja feita por ele. Em Monte Santo, cidade histórica do sertão baiano, Conselheiro e seu povo restauraram os muros da via sacra, formada por um rosário de 24 capelinhas no ano de 1893, quando o beato era o imperador absoluto de todo o sertão, após uma peregrinação de 22 anos por todos os recantos
Antes da seca de 1877, a maior do século XIX, começou a abrir tanques d'água. Em 1874, apareceu na Bahia dando conselhos. Aí tomou definitivamente o nome de Conselheiro. E se firmou. A Igreja, sentindo-se desprestigiada, pediu em 1876 o afastamento do Conselheiro do sertão.
Preso na região de Itapicuru, foi acusado de louco e de matar a própria mãe.
Quando provou sua inocência foi solto e retornou no dia e hora que havia previsto, iniciando-se uma serie de profecias que para o sertanejo era a comprovação de que estava diante de um poder divino: um milagreiro resignado e fatalista que prometia a felicidade para depois do fim do mundo marcado para o ano de 1900.
Perseguidos pelo poder local, Conselheiro e seus seguidores entraram na parte mais deserta da região e, encontraram em: Canudos, "velha fazenda abandonada à beira do rio Vaza-Barris", o seu reduto. Nesta região inóspita e isolada do sertão baiano, protegida pelas serras do Cambaio e Canabrava, e, rodeada pelas cidades de Monte Santo, Cumbe, Rosário, Cocorobó e Uauá, fundaram um arraial: o "Império de Belo Monte",
Canudos cresceu vertiginosamente. Os faveleiros, como eram chamadas as construções simples, de pau-a-pique e barro, porque lembravam a planta sertaneja favela, iam coalhando as montanhas numa rapidez assombrosa: eram construídas até 12 casas por dia, para atender a multidão que chegava.
. Canudos logo se tornou a segunda maior cidade da Bahia, depois de Salvador. A maioria vivia com dificuldades, mas ninguém passava fome. Além das rezadeiras, do sineiro Timotinho, Antônio Conselheiro vivia cercado por 12 apóstolos, todos armados. Jagunços famosos como João Abade ou Pajeú, que na guerra se transformariam em seus capitães.
Em 1894, na Bahia, um deputado chamou a atenção dos poderes públicos para a parte dos sertão "perturbada" por Antônio Conselheiro. Em 1895, uma missão católica tentou convencer Conselheiro a desarmar seu povo. Inutilmente. Mas só em 1896 Canudos passou a preocupar a Capital. Conselheiro queria construir uma nova igreja em Canudos. Comprou a madeira em Juazeiro mas não recebeu o material. Resolveu ir com seu povo buscar o que era seu. O juiz local denunciou o Conselheiro em Salvador. De Salvador, seguiram 100 praças comandados pelo tenente Manuel Pires Ferreira com destino a Juazeiro.. Na noite de 12 de novembro, partiram para Canudos. Não alcançaram seu destino, pois foram surpreendidos na cidade de Uauá, Os soldados tinham mais armas, mas se assombraram com o assalto corajoso dos matutos. Fugiram. O mesmo destino teriam os quinhentos homens do major Febrônio de Brito, que chegaram às portas de Canudos em janeiro de 1897. Vieram arrogantes, com armas vistosas e canhão. Na estrada do Cambaio os jagunços apareceram em trincheiras, num repentino deflagrar de tiros. Gritavam irônicos: - "Avança, fraqueza do governo!" - A expedição caiu, de ponta a ponta. Foram obrigados a recuar.
A terceira expedição contra Canudos foi organizada no Rio de Janeiro. Para comandá-la foi escolhido o coronel Moreira César, um seguidor de Floriano Peixoto que havia esmagado a Revolução Federalista. Levou para Canudos 1.300 soldados, 15 milhões de cartuchos e muita artilharia pesada. Moreira César era temido por sua violência. E tinha sob suas ordens a melhor força do governo. Nessa hora, mesmo os jagunços mais valentes sentiram medo
Moreira César se dirigiu a Canudos pela estrada de Rosário. Passou pelo deserto de Angico e se instalou no Alto do Mário. Lá de cima, ele e os soldados, surpresos, avistaram Canudos.
No dia 2 de março de 1897, dois tiros de canhão foram lançados em cima do vilarejo de Canudos. Em seguida o povoado foi invadido pisoteando crianças e matando os velhos e as mulheres à baioneta, numa luta insana. No dia 3, atingido dois trios morre Moreira Cezar e na manha do dia 4 a tropa bate em retirada com um saldo de 116 soldados mortos e 120 feridos,
Ao comentar a terceira batalha, Euclides da Cunha desfaz a fama de estrategista de Moreira César. O Conselheiro, para o escritor, "foi um grande homem pelo avesso". Sua loucura o transformou num verdadeiro herói popular. A Moreira César, um epiléptico com rompantes suicidas faltou o sopro divino. Levou milhares de soldados ainda adolescentes a se destruir no meio da caatinga.
A derrota de Moreira César provocou uma revolução no Rio de Janeiro. Já não havia mais dúvida de que Conselheiro estava a serviço de forças poderosíssimas, que vinham restabelecer a velha ordem. A quarta batalha já não foi uma guerra, mas uma vingança selvagem. Do Rio de Janeiro chegaram 5 mil homens comandados pelo general Arthur Oscar. Uma parte veio por Monte Santo e a outra, comandada pelo general Savaget, entrou em Canudos por Jeremoabo. Na porta de Umburanas encontraram uma cena assustadora. O cadáver do coronel Tamarindo e de dois soldados recepcionavam o exército empalados numa estaca. O ministro da Guerra, general Machado Bittencourt, foi enviado ao local para resolver pessoalmente a questão. Levava reforço de três mil homens recrutados em todo o país para liquidar os "monarquistas". Euclides da Cunha chegou em Canudos em 16 de setembro. Era o final da luta, mas ele ainda pode sentir todo o seu barbarismo.
Os poucos prisioneiros homens eram degolados, depois de se exigir deles, inutilmente, um "Viva a República". As águas do Vaza-Barris em pouco tempo eram uma lagoa de sangue. Pilhas de cadáveres serviam de trincheiras aos sertanejos. Os soldados incendiavam casas onde estavam velhos e crianças. E na mente do horrorizado Euclides crescia uma idéia: denunciar a barbárie e provar que Canudos não era um problema político, era uma questão social.
“Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até o esgotamento (...) quando caíram seus últimos defensores, quando todos morreram. Eram apenas quatro: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados. (...)”
Em 1902, numa choupana à beira do rio Pardo, em São José do Rio Pardo, Euclides da Cunha terminou seu livro, contando a verdadeira história sobre o extermínio de Canudos: uma luta desigual e vergonhosa, em que o exército brasileiro se cobriu de infâmia. O inimigo invencível afinal de contas não passava de gente sofrida das secas. Mulheres, velhos e crianças que resistiram até o fim, numa luta inglória. Negros e índios e mulatos que buscavam criar um espaço em que pudessem ser admitidos como integrantes da nação

0 comentários:

quarta-feira, 12 de março de 2008

MUNICIPIO DE MALHADA BAHIA

Clodomiro Alves


Dados Gerais

Situado na Microrregião do Médio São Francisco a 899 km de Salvador, Capital do Estado , o município de Malhada, às margens do Rio São Francisco, com área de 2.138, km² e população de 16.328 habitantes (IBGE 2007), tem na agricultura e pecuária sua principal fonte de renda. A agricultura irrigada, utilizando com a captação de água do Velho Chico (São Francisco) e do seu afluente, Rio Verde é a mais fonte de renda do município.
A Lagoa do Mocambo (Distrito de Mocambo) a 6 km da sede, é considerada de extraordinário valor pela sua importância socioeconômica e beleza natural. Os habitantes da área cultivam a lavoura de subsistência ao lado dos maiores agricultores que produzem, usando a moderna tecnologia da irrigação: cebola e melancia exportada para toda a região, entre outras culturas.
Inserido no semi-árido, o município tem clima seco e quente com baixo índice pluviométrico e período chuvoso bem definido com precipitações em torno de 700 a 800 milímetros anuais ocorrendo entre os meses de outubro a março. A vegetação típica é a caatinga arbórea e o cerrado/floresta estacional, onde algumas espécies como aroeira, baraúna, umburana, juazeiro, e pau d`arco ainda são encontradas, embora em fase de extinção por falta de consciência ecológica dos habitantes, principalmente da zona rural, devido ao fabrico de carvão e o hábito das queimadas. Não aprendemos a plantar árvores mas, sim destruí-las. Preservar o que nos resta de nossa mata de caatinga é, antes de tudo, um ato de amor às gerações futuras.

História

A área onde hoje está localizada a sede foi, até o século XVII, habitada por uma aldeia de índios Caiapós.
A primeira entrada no território, deu-se em 1712, por expedição comandada pelo bandeirante Nunes Vianna, que vencendo a resistência dos índios, fixou-se no local desenvolvendo a criação de gado. “Manoel Nunes Vianna, chefe emboaba, foi Senhor e régulo da Tabúa e Procurador de D. Isabel de Brito, da Casa da Ponte. Tendo se fixado à margem dessa rica corrente comercial na sua posição fortificada da Tabúa, para dirigir, com energia, inteligência e agudo instinto de lucro, os acontecimentos de que se fez centro e chefe. Na fazenda da Tabúa, região do Escuro, no Rio Carinhanha, Manoel Nunes exerceu, nos acontecimentos históricos do período, ação vigorosa e decisiva e se reservou, assim, relevante papel na vida política da Colônia”.( In Nossos Sertões – Clodomiro Alves / Vilobaldo Freitas – publicação inédita).
Ponto de descanso e travessia de boiadas para o Estado de Minas Gerais, formou-se o Povoado denominado Malhada (pouso de gado) elevando-se à Vila em 1931.
Em 1961 foi criado o município com território desmembrado de Carinhanha.

Administração Municipal
Prefeito atual: Anselmo Alves Boa Sorte (Produtor Rural)

A atual administração municipal, apesar da escassez de recursos, porque o município praticamente não conta com renda própria, tem buscado melhorar a qualidade de vida dos seus munícipes através da melhoria do sistema de saúde com construção e reforma de postos médico, contratação de profissionais na área de saúde; construção e recuperação de estradas vicinais; construção e restauração de escolas e aquisição de mobiliário, material didático e estímulo aos professores


*Clodomiro Alves de Souza, é bacharel em Direito, jornalista, escritor e Diretor /Editor (Artes Gráficas Do Nordeste –Salvador-Ba.)

MUNICIPIO DE MACAUBAS

Clodomiro Alves


Dados Gerais
O município de Macaúbas, estado da Bahia está situado na Zona Fisiográfica da Serra Geral, micro-região da Chapada Diamantina Meridional a uma altitude de 690 metros. Sua área é de 3.039 km² e população de 46.554 habitantes.(conforme dados do IBGE 2006). Dista da Capital Federal 1011 km e da Capital do Estado 682 km. Faz limites, ao Norte, com os municípios de Boquira, Paratinga e Ibipitanga, ao Sul com Botuporã, Tanque Novo, Igaporã, ao Leste com Rio do Pires e a Oeste com Riacho de Santana.
O município vive basicamente da agropecuária , e agricultura de subsistência, contando a zona rural com cerca de 8.000 pequenas propriedades rurais

História
Os índios pertencentes ao grupo dos tupinaés (ramo dos tupinambás foram os primeiros habitantes da região) Existem vários sítios arqueológicos em todo o município. A formação do município começou em meados do século XVII, no lugar "Coité", quando ali chegaram os primeiros brancos e ergueram uma capela em louvor a Nossa Senhora da Imaculada Conceição, ainda hoje padroeira do município. Eram bandeirantes que transitavam pelo rio São Francisco em busca de ouro e pedras preciosas.
A povoação formou-se em terras pertencentes ao município de Urubu (Rio Branco, hoje, Paratinga) do qual foi desmembrado em 1832, para constituir município independente, com o topônimo de Macaúbas, por decreto estadual de 6 de julho 1832, que também elevou a sua sede à categoria de vila. O início do seu funcionamento ocorreu em 23 de setembro de 1833. Com o crescimento do povoado, o curato da primitiva capela passou a ser a freguesia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição de Macaúbas, promovida pela Lei provincial nº 124, de 19 de maio de 1840. Esta denominação deveu-se à abundância de uma espécie de palmeira, que os índios denominavam "macaúba" ou "macaíba", atualmente em extinção no município.
Pela lei estadual nº 1761, de 10 de junho de 1925, Macaúbas foi elevada à categoria de cidade e sede do município, ao qual foi incorporado o território do extinto município de Bom Sucesso (atual Ibitiara) já emancipado.
A cidade cresceu em torno da Matriz de Nossa Senhora da Conceição, cuja Paróquia foi criada pela Lei 124, de 19 de maio de 1840.
Na formação do povo macaubense há forte presença da miscigenação indígena com branco de origem portuguesa. O negro não esteve tão presente, pois o município era pobre e não teve muitos escravos.
O imenso município perdeu terras na década de 60, quando emanciparam-se Boquira, com o distrido de Bucuituba (Santa Rita) e Botuporã, com os distritos de Tanque Novo e Caturama, atualmente emancipados.
O território de Macaúbas apresenta "gerais" e “chapadões”. A principal elevação é a serra de Macaúbas muito extensa e uniforme, que corre o município do sul para o norte, e se eleva até 1250 metros. afluente do São Francisco pela margem direita,o Rio Paramirim, que nasce na Serra das Almas, serve de limite com os municípios de Caturama, Rio do Pires e Ibipitanga. O açude de Macaúbas, com capacidade de 20.900.000 metros cúbicos, construído pelo antigo DNOSC, permanece até hoje, quase inaproveitado.

Riquezas Naturais
Dentre as riquezas minerais tem maior importância a mina de granito azul, explorada na serra da Vereda. Há ainda minérios de cristal, ametista, barita, ferro, talco, cobre, Granitos de várias tonalidades, e águas termais.
A flora possui apenas algumas matas em volta das nascentes dos riachos e afloramento de cerrado no alto das serras, predominando as capoeiras e a vegetação rasteira, próprias das regiões secas. São encontradas madeiras diversas como peroba, pau d'arco, pequizeiro, e uma grande variedade de plantas medicinais: quina, unha d'anta, contra-erva, umburana e outras.
A fauna, apesar da ausência de grandes matas e rios perenes, possui variadas espécimes: tatu, garças, gato do mato, jacu, suçuarana, veado, teiú, cutia e outros, praticamente em extinção devido a sanha dos caçadores

Administração Municipal
A atual administração municipal, apesar da escassez de recursos, porque o município praticamente não conta com renda própria, tem buscado melhorar a qualidade de vida dos seus munícipes através da melhoria do sistema de saúde com construção e reforma de postos médico, contratação de profissionais na área de saúde; construção e ajardinamento de novas ruas e praças; construção e restauração de escolas e aquisição de mobiliário, material didático e estímulo aos professores.

*Clodomiro Alves de Souza, é bacharel em Direito, jornalista, poeta e Diretor /Editor (Artes Gráficas Do Nordeste Ltda. –Salvador-Bahia)